Бесплатно

Atividades do BEI em África, nas Caraíbas e no Pacífico e nos países e territórios ultramarinos

Текст
0
Отзывы
iOSAndroidWindows Phone
Куда отправить ссылку на приложение?
Не закрывайте это окно, пока не введёте код в мобильном устройстве
ПовторитьСсылка отправлена
Отметить прочитанной
Шрифт:Меньше АаБольше Аа

FINANCIAMENTO PARA TODOS OS SETORES

O UDBL conta com 115 empresas na sua carteira. Estas pertencem sobretudo a quatro setores distintos: agricultura e agroindústria, indústria transformadora, turismo, bem como desenvolvimento do capital humano, sendo este último composto por instituições de formação profissional, centros de aprendizagem para adultos e escolas para crianças. Nestes setores, há bastante diversidade: entre os beneficiários de apoio contam-se alojamentos turísticos, fabricantes de colchões, hospitais, escolas de enfermagem e medicina, institutos de formação profissional, mas também cooperativas agrícolas e empresas nas cadeias de valor da agroindústria. «Entre os nossos clientes, temos empresas lideradas por mulheres em todos os setores», refere Patricia Ojangole, acrescentando que «estamos a implementar iniciativas para ajudar à sua evolução».

A maioria das empresas lideradas por mulheres na carteira do UDBL desenvolve a sua atividade nos setores da agricultura e da agroindústria, mas existem algumas exceções. A Delight Supplies é a principal distribuidora de produtos cosméticos e de beleza do Uganda, servindo clientes em todo o país a partir das suas instalações em Campala. A Crest Foam fabrica colchões e almofadas, que vende no Uganda e no estrangeiro. Estas duas empresas são geridas por mulheres e podem servir de exemplo a outras.

UMA OFERTA ALTERNATIVA

A filosofia do UDBL quanto à forma de contribuir para a melhoria da igualdade de género no Uganda não se limita à concessão de financiamento a empresas detidas ou geridas por mulheres. «Para reforçar a capacidade das mulheres, temos de criar programas especiais e produtos de financiamento adequados às necessidades das mulheres e à sua condição», defende Patricia Ojangole. O UDBL costuma trabalhar diretamente com empresas de maior dimensão. No que toca às empresas de menor dimensão, por norma, o UDBL disponibiliza fundos para reempréstimo através de instituições de microfinanciamento, que estão mais próximas e têm um melhor conhecimento dos mercados local e regional.

Em ambos os casos, Patricia Ojangole identifica formas de prestar maior apoio às mulheres. «No caso das empresas pequenas e em fase de arranque lideradas por mulheres, temos de procurar criar requisitos de garantia alternativos para as mulheres», refere. Este é um aspeto importante, já que as proprietárias de empresas que não têm terrenos ou outros bens imóveis podem ter dificuldade em obter crédito. Muitas vezes, esses ativos pertencem aos homens ou estão registados em seu nome. Para apoiar as mulheres, é necessário encontrar alternativas a este tipo de garantias, ou então reduzir os requisitos de garantia. «Também precisamos de programas de mentoria específicos para desenvolver as suas competências de gestão e dar acesso a plataformas de partilha de informações e conhecimentos relacionados com o seu setor e a sua atividade», acrescenta.

A iniciativa «2X Challenge» adota uma perspetiva holística em relação ao apoio e à emancipação das mulheres, proporcionando não só uma oportunidade às empreendedoras e às mulheres que assumem riscos, mas procurando também dotar um maior número de mulheres das ferramentas necessárias para integrarem o mercado de trabalho formal e assumirem cargos de liderança. Os objetivos do UDBL para os próximos anos estão à altura destas ambições, pelo que este é um passo lógico. Investir nas mulheres é investir em toda a humanidade.

ESBATER A CLIVAGEM URBANO-RURAL

A economia da Nova Caledónia é dominada pela capital do território, Numeá, e as empresas nas zonas mais remotas nem sempre conseguem obter o financiamento de que precisam para se desenvolver. O BEI está a ajudar o Banque Calédonienne d’Investissement a mudar o panorama.

As empresas na Nova Caledónia são fruto da sua localização. O arquipélago está situado no sudoeste do Oceano Pacífico, tendo como vizinhos mais próximos o Vanuatu e a Austrália. A Nova Caledónia é composta por três províncias: as províncias do Norte e do Sul na ilha principal, Grande Terre, que é longa e estreita, e a província das Ilhas da Lealdade, que reúne as ilhas mais pequenas à volta de Grande Terre. A Província do Sul abriga a capital, Numeá, bem como dois terços dos cerca de 280 000 habitantes da Nova Caledónia. Numeá cresceu com base na extração mineira de níquel: era o local mais adequado para construir um porto. Atualmente, é lá que se encontram praticamente todas as principais empresas da Nova Caledónia. Fora da capital e dos arredores, os proprietários de pequenas empresas podem sentir dificuldades.

• O projeto ajudará a combater a pobreza rural na Nova Caledónia.

• As empresas beneficiárias criarão emprego.

• O projeto reduzirá as desigualdades em zonas remotas do arquipélago.


É este panorama que o Banque Calédonienne d’Investissement (BCI) pretende alterar. «Fora do sul, a paisagem económica é marcadamente rural», explica Jean Bourrelly, diretor-geral do BCI. «Há um fosso muito visível entre o norte e o sul. Embora a ilha seja longa e estreita, também existe uma diferença marcada entre o leste e o oeste. O norte é rural, enquanto o sul é urbanizado; a costa ocidental tende a apresentar um relevo suave, ao passo que a parte leste tem imensas falésias!»

UMA VISÃO DO TERRITÓRIO GLOBAL

Fora de Numeá, as oportunidades de desenvolvimento para as empresas podem ser escassas. «Simplesmente, não há o mesmo potencial de crescimento na Província Norte ou nas Ilhas da Lealdade», afirma Jean Bourrelly. «Termos empresas com 30 ou 50 funcionários cuja atividade tenha como alvo o território como um todo, basicamente, não é uma ideia realista aqui», acrescenta. O que é realista, isso sim, é ter ambições a uma escala mais local. Temos muitas empresas pequenas que podem prestar serviços locais e alargar a sua base de clientes, mas não dispõem dos meios para investir na sua atividade. São estes os clientes alvo do BCI. «As empresas de Numeá podem ter a perspetiva de ganhar um âmbito nacional, mas essa possibilidade está vedada às da Província Norte, e especialmente às das Ilhas da Lealdade. Assim, se imaginarmos um vidraceiro qualificado baseado em Numeá, este pode conseguir trabalho em todo o território, mas alguém no norte já não terá a mesma sorte na capital – é isto que vemos acontecer a muitos artesãos e artífices qualificados», revela Jean Bourrelly.

É isto que, muito provavelmente, distingue o BCI dos outros bancos presentes na Nova Caledónia: o BCI esforça-se por ser um parceiro financeiro para todos no território e está disposto a assumir riscos em empresas mais recentes e setores insuficientemente servidos. Começa pela concessão de pequenos empréstimos para que as pequenas empresas possam aumentar a sua oferta a uma base de clientes local, mas não se fica por aí. «O nosso objetivo é desenvolver este território o melhor possível e ajudar o máximo de pessoas que pudermos. É esse o nosso ADN», afirma Jean Bourrelly. Este é o segundo empréstimo do BEI ao BCI nos últimos anos. O facto de se dirigir às pequenas empresas representa uma ligeira mudança de direção face ao empréstimo anterior, no âmbito do qual o BEI ajudou a financiar diversas iniciativas, incluindo uma central de energia solar em pequena escala e uma exploração hortícola, onde os alimentos são cultivados e vendidos no local.

SETORES A SEGUIR COM ATENÇÃO

Para além de planear apoiar empresas que prestam serviços locais essenciais e representam uma verdadeira alternativa aos operadores de maior dimensão de Numeá, o BCI também pretende chegar a setores novos e insuficientemente servidos da economia, como por exemplo, o turismo. Há várias décadas que o arquipélago é um destino turístico, mas sem explorar todo o seu potencial neste domínio. Existem alguns complexos hoteleiros de média e grande dimensão, bem como alguns mais pequenos, mas fora isso, as alternativas são poucas. «Há verdadeiro potencial neste setor», afirma Jean Bourrelly. «E estou a falar de particulares que criam oportunidades não só para si próprios, mas também para a Nova Caledónia em geral.» Muitas pessoas já tiveram a ideia de abrir pousadas e albergues, mas não conseguiram obter financiamento para fazer as obras necessárias.

Com esta linha de crédito, mais pessoas poderão desenvolver este tipo de projetos, quer como fonte principal de rendimento, quer como complemento. Jean Bourrelly sublinha que o BCI poderia servir um número significativo de mulheres empresárias desta forma. «Na nossa carteira de pequenos empréstimos, a proporção entre homens e mulheres corresponde a cerca de 50:50», explica. «Muitas vezes, são as mulheres que têm a ideia de abrir uma pousada. Como têm a gestão do lar a seu cargo, veem nisso uma forma de melhorar a sua qualidade de vida e a das suas famílias. O BCI está disponível para ajudar a concretizar esses projetos.»

Quando Jean Bourrelly diz que as ilhas não estão a explorar todo o seu potencial turístico, não se refere apenas ao alojamento. «A minha opinião pode ser tendenciosa, mas este lugar é maravilhoso, especialmente as Ilhas da Lealdade. A lagoa é uma das mais impressionantes do mundo. Podemos fazer mais para atrair visitantes», sublinha. Os habitantes locais que tenham uma ideia podem sempre abordar o BCI. No passado, este banco apoiou empresários em nome individual que se dedicavam à pesca, mas existem outras formas de usar os barcos para tirar partido da localização das ilhas. «Dispomos de imensos recursos naturais. A lagoa poderia ser explorada para fins turísticos e o mar à nossa volta é rico e repleto de diversidade. A economia azul é um conceito para o qual devemos olhar em termos de pesca sustentável e aquicultura», defende Jean Bourrelly.

 

EXPERIMENTAR ALGO NOVO

O BCI está disposto a correr riscos para melhorar a qualidade de vida em toda a Nova Caledónia. Trata-se do banco mais suscetível de financiar as novas empresas e, à medida que os seus clientes evoluem, a sua relação com os mesmos acompanha essa evolução. «Muitas vezes, as pessoas dizem-nos que, sem a nossa ajuda, não teriam conseguido abrir a sua empresa e que fomos o único banco disposto a apoiá-las desde o primeiro momento», adianta Jean Bourrelly. O BCI esforça-se por conhecer os seus clientes, e as aprovações de empréstimos não se limitam a um mero exercício de preenchimento de quadrículas. «Temos clientes que trabalham connosco há 15 ou 20 anos», sublinha. «Alguns deles criaram uma pequena empresa e tiveram muito sucesso no seu nicho de mercado, mas gostariam de experimentar algo novo. Pode tratar-se de uma atividade completamente diferente, mas sabemos que têm dom para os negócios e capacidade de vencer.»

É aqui que reside a vantagem de recorrer ao BCI, e será assim que a instituição apoiará os empresários ambiciosos nas zonas remotas da Nova Caledónia. Os empréstimos a pequenas empresas não estão amplamente disponíveis no território, mas o BCI é um banco que se esforça por concedê-los. «Conhecemos o território», afiança Bourrelly, sorrindo. «Queremos ver mais empresas a arrancar e a evoluir em todo o lado, especialmente nas ilhas e no norte. Se um projeto for viável, financiá-lo-emos, independentemente de quem seja o promotor. Estamos abertos a todos!»


PARCERIAS
INSTITUIÇÕES CONGÉNERES

O BEI é o banco da União Europeia. Os acionistas do BEI são os Estados-Membros da UE, que são também quem define a abordagem aos projetos que este financia, ajudando ainda a orientar a política do Banco. Seria impossível ao BEI financiar um leque tão vasto de projetos sem o apoio dos Estados-Membros e da Comissão Europeia. Isto aplica-se tanto às operações a cargo da Facilidade de Investimento como às financiadas com os seus recursos próprios. O BEI também trabalha em parceria com outras instituições. Neste capítulo, iremos analisar como essas parcerias lhe permitem aumentar o seu impacto no desenvolvimento de diversas formas.

No contexto da Agenda 2030 e do Acordo de Paris, os bancos multilaterais de desenvolvimento (BMD) estão empenhados em reforçar o financiamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da luta global contra a crise climática, através da mobilização de capital do setor privado. Enquanto procuram mobilizar fundos junto de financiadores públicos e privados, os BMD também se preocupam com as normas, a qualidade dos investimentos e o seu impacto, nomeadamente, os impactos sociais e ambientais, bem como a governação, procurando a melhor utilização estratégica dos escassos recursos disponíveis para financiamento em condições preferenciais e visando as populações mais carenciadas e vulneráveis.

As infraestruturas continuam a figurar entre as principais prioridades a nível mundial. Em 2019, a presidência japonesa do G20 focou-se na qualidade das infraestruturas. A presidência da Arábia Saudita dará continuidade a esta abordagem, desenvolvendo um quadro para a tecnologia nas infraestruturas, que pretende analisar como as infraestruturas físicas podem ser melhor combinadas com as tecnologias digitais para gerar maior impacto e valor. Sob os auspícios do grupo de trabalho para as infraestruturas do G20, os BMD trocarão conhecimentos através da plataforma de colaboração para as infraestruturas. Além disso, estão em curso trabalhos sobre normas para as BMD em matéria de garantias, dados e elaboração de projetos. Os BMD estão também a explorar o alinhamento ao nível dos indicadores de sustentabilidade e da atenuação de riscos.

O BEI desempenha igualmente um papel substancial nos esforços internacionais para atenuar os efeitos da migração. O Banco pode contribuir mais para a Agenda Europeia da Migração e outros esforços internacionais para desenvolver a resistência face aos choques económicos e crises, incluindo os decorrentes das deslocações forçadas em massa. Isto significa que o BEI se concentra nas necessidades de investimento a longo prazo dos países de origem, trânsito e destino de migrantes e pessoas deslocadas à força. O papel do Banco não é reduzir ou travar a migração, mas antes contribuir para um crescimento económico sustentável.

Até ao momento, o BEI desempenhou um papel essencial na orientação da comunidade de BMD nos domínios da migração e das deslocações forçadas. A plataforma de coordenação dos BMD em matéria de migração e deslocações forçadas aprofunda a cooperação e facilita a transição para um maior impacto no desenvolvimento agregado nestes domínios. O secretariado da plataforma é gerido conjuntamente pelo BEI e pelo Banco Mundial. Os BMD que integram a plataforma melhoraram a cooperação em quatro domínios principais: quadros comuns, partilha de dados e de conhecimentos, coordenação operacional e instrumentos financeiros.

A coordenação entre os BMD é também particularmente intensa no domínio da ação climática. O BEI acompanha o financiamento da ação climática utilizando definições desenvolvidas e harmonizadas em cooperação com instituições congéneres. Os BMD definiram cinco princípios voluntários: 1) o compromisso com estratégias de ação climática; 2) a gestão dos riscos climáticos; 3) a promoção de objetivos inteligentes em matéria climática; 4) a melhoria do desempenho climático; e 5) a prestação de contas no âmbito da ação climática. Como parte destes esforços, os bancos de desenvolvimento estão a elaborar uma abordagem comum à concretização dos objetivos estabelecidos ao abrigo do Acordo de Paris.

Купите 3 книги одновременно и выберите четвёртую в подарок!

Чтобы воспользоваться акцией, добавьте нужные книги в корзину. Сделать это можно на странице каждой книги, либо в общем списке:

  1. Нажмите на многоточие
    рядом с книгой
  2. Выберите пункт
    «Добавить в корзину»