Todas As Mulheres Amam Coventry

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Todas As Mulheres Amam Coventry
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Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação do autor ou são usados de forma fictícia e não devem ser interpretados como reais. Qualquer semelhança com locais reais, organizações, ou pessoas, mortas ou vivas, é completamente coincidência.

Todas as Damas Amam Coventry Copyright © 2019 Dawn Brower

Arte da capa por Victoria Miller

Traduzido por Laura Truan, Ludmila Fukunaga

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser usada ou reproduzida eletronicamente ou impressa sem permissão por escrito, exceto no caso de citações breves incorporadas nas resenhas.

Created with Vellum

TODAS AS DAMAS AMAM COVENTRY

Contents

PRÓLOGO

CAPÍTULO UM

CAPÍTULO DOIS

CAPÍTULO TRÊS

CAPÍTULO QUATRO

CAPÍTULO CINCO

CAPÍTULO SEIS

CAPÍTULO SETE

EPÍLOGO

SOBRE A AUTORA

POR DAWN BROWER

Excerto: O Beijo da Cigana

Prólogo

CAPÍTULO UM

Excerto: Um Conde em Apuros

CAPÍTULO UM

PRÓLOGO

Abril 1794

Charles Lindsay, o Conde de Coventry, observou o prédio que esperava comprar. A estrutura era sólida e funcionaria esplendidamente para o que tinha em mente. A rua em que estava localizada também era ideal. O clube secreto de cavalheiros estaria bem escondido no bairro, e seus moradores não questionariam as idas e vindas constantes que aconteceriam. Ele tinha muitos planos e essa casa era apenas o começo.

— O proprietário está disposto a concluir o negócio? — Ele se virou para o advogado encarregado da venda.

Charles não queria parecer muito ansioso, isso poderia dar ao advogado um motivo para aumentar o preço e ele não pagaria um centavo a mais do que valia.

— Ele está, meu senhor — respondeu ele.

Seus cabelos grisalhos estavam espalhados ao redor das orelhas e na parte de trás da cabeça, mas o topo estava completamente careca. O advogado tinha olhos redondos que o faziam parecer indigno de confiança. Não era a aparência esperada de alguém que deveria invocar esse sentimento em particular.

— Você gostaria de fazer uma oferta?

— Não — ele respondeu. — Precisa de grandes reformas e não tenho certeza se funcionará para o que tenho em mente. — Isso era mentira, mas não queria conscientizar o homem de seu completo interesse. — Todo o piso inferior precisaria ser trocado e as paredes reconstruídas. Seu empregador está pedindo muito.

— Entendo... — O advogado engoliu em seco.

Charles desejou poder se lembrar de seu nome, mas como não era importante para ele, o descartou ao ouvi-lo. O advogado se atrapalhou com alguns papéis e depois olhou para cima.

— Existe algo que o convença a comprá-lo?

Charles conteve um sorriso, já que isso não funcionaria a seu favor e ele queria a propriedade. Ele bateu no queixo e tentou agir como se estivesse considerando as suas opções. A verdade era que sabia exatamente qual seria seu próximo movimento. Esse era o benefício de estar vários passos à frente de seu oponente. Ele tinha o dom de ver o todo e como todas as peças ao seu redor podiam se encaixar. Esse projeto seria grande e ele tinha que fazer tudo correto para que funcionasse.

— Eu poderia reconsiderar se o proprietário baixar mil libras do preço de venda, não pagarei um xelim a mais do que isso.

O advogado arrastou os pés e depois encontrou o olhar de Charles.

— Parece razoável, meu senhor. Informarei ao proprietário que você deseja comprá-lo.

Charles levantou uma sobrancelha.

— Isso é tudo? — Assim que as palavras foram ditas, ele deu de ombros e se dirigiu para a saída.

Para ele, o negócio já havia sido concluído. Se o proprietário aceitasse a oferta, o advogado poderia enviar-lhe uma missiva sobre isso. Ele tinha um bom pressentimento. Em breve, teria o lugar necessário para abrir o seu clube.

Ele ainda não havia alcançado a saída quando o advogado o chamou — Lorde Coventry.

Ele virou-se para o advogado e disse: — Sim?

— Eu tenho autoridade para aprovar a venda dentro de um determinado valor. Se o senhor quiser a propriedade, é sua.

Dessa vez, ele permitiu que o sorriso se formasse em seu rosto. O Clube Coventry estava agora a um passo mais perto de se tornar realidade. Mal podia esperar para contar ao seu bom amigo George, o Conde de Harrington, sobre isso. Eles poderiam planejar o desenvolvimento e a reconstrução da casa juntos.

— Maravilhoso — disse ele ao advogado. — Vou avisar ao meu advogado e vocês dois podem cuidar dos detalhes.

Charles assentiu com a cabeça.

— Obrigado por sua ajuda.

Com essas palavras, ele saiu do prédio e voltou para casa. Mais tarde, teria um encontro com George e eles poderiam fazer seus planos finais.


Charles bateu o dedo na mesa, impaciente. Onde diabos estava George? Ele deveria ter chego várias horas atrás. Ele suspirou e derramou conhaque do decantador em sua mesa em um copo. Eles teriam que discutir seus planos para o Clube Coventry mais tarde.

Ele tomou um gole de conhaque e se perguntou o que poderia ter mantido seu amigo longe da reunião. Não conseguia discernir um único motivo para George não estar ali, seu amigo nunca perdia um compromisso, ele era o homem mais confiável que Charles conhecia.

Ele largou o copo e olhou para a escritura de sua nova propriedade. Já havia enviado cartas para iniciar os reparos e reformas. Em questão de meses, não mais que um ano, seu sonho seria realidade. Um refúgio seguro para homens que não tinham outro lugar, um lugar de iniquidade para aqueles que precisavam, mas, principalmente, um lugar onde a lealdade prevaleceria mais do que qualquer outra coisa.

A porta do seu escritório se abriu e George entrou. Seu rosto se iluminou com um sorriso enorme quando ele exclamou: — Eu sou pai, Charles.

Ele esqueceu que a esposa de George estava grávida. Essa era uma boa razão para o amigo se atrasar. Agora que percebera o porquê, se sentia um idiota. Charles pegou um copo e derramou dois dedos de conhaque nele, depois o entregou ao amigo. Ele ergueu seu próprio copo e brindou: — A paternidade.

Ele tomou um gole de conhaque e depois perguntou: — Eu devo perguntar: um herdeiro ou uma filha?

— É um menino — respondeu George. — O pacote de alegria mais perfeito que eu já segurei. O nomeamos de Jonas em homenagem ao meu bisavô materno, isso fará minha mãe feliz.

Charles sabia que deveria procurar uma esposa e seguir com a linhagem da família, mas a ideia de se amarrar a uma mulher pelo resto da vida não o atraía. Ele não conhecera uma mulher que o inspirasse a esse tipo de compromisso. George havia se casado com a esposa por causa das exigências do pai. O Duque de Southington era um homem difícil para se dizer não. Charles não invejava a situação de seu amigo a esse respeito.

— Tenho certeza que ela ficará em êxtase apenas por ter um neto no qual se dedicar. Eu ouvi que mulheres gostam desse tipo de coisa.

— Você provavelmente está correto nessa suposição. De qualquer forma, sou grato por ser um garoto. O parto foi difícil para Sarah. Acho que ela não aguentaria outra gravidez. — Ele suspirou. — Jonas é uma bênção para nós dois. Meu pai finalmente vai nos deixar em paz sobre continuar a linhagem da família.

— Seu pai é bestial.

Ele era um idiota arrogante que importunava George sempre que podia. Charles desejava poder encontrar uma maneira de remover o Duque de Southington da vida de seu amigo. Infelizmente, não dependia dele, retirar George do controle de seu pai. Seu amigo teria que encontrar a coragem para fazer isso sozinho. Era a única maneira de ele saber como era ser livre para tomar suas próprias decisões.

— Eu tenho novidades. — começou Charles. — Comprei o prédio necessário para o Clube Coventry.

— Você comprou? — Seu rosto se iluminou com a felicidade. — Isso é maravilhoso. Agora você pode alcançar seus objetivos e todos teremos um lugar para escapar da realidade da vida.

— Vou ter que discernir as regras do clube antes de convidar novos associados. Gostaria que você fosse o primeiro administrador do clube, se quiser.

 

Ele queria que George tivesse a responsabilidade, assim se sentiria incluído, e isso daria a ele outra coisa para se concentrar além do terror que seu pai era.

— Eu? — George perguntou surpreso. — Você não quer administrar seu próprio clube?

— Eu prefiro aproveitá-lo no começo. Um dia, assumirei as funções, mas gostaria de experimentar primeiro. Você é muito mais equilibrado do que eu e poderá aplicar as regras que elaborarmos em prática. Eu acho que a primeira regra será: o administrador do clube é o único que pode ser casado. Não quero que um bando de maridos traidores leve suas amantes ao clube.

— Então, quando se casarem, terão que entregar a sua chave? — Perguntou George. — Isso não é uma má ideia. Então, você não vai assumir o controle até encontrar uma noiva? Isso vai demorar bastante, não?

Charles sorriu.

— Sei que um dia terei que me casar com alguém, mas você está correto, não pretendo encontrar uma dama para me casar nos próximos anos. Dependerei de você para manter as coisas funcionando sem problemas até então. Mas não é um requisito ser casado para manter essa posição. Se você achar que é muito difícil, eu posso assumir. Se eu me casar antes disso, terei que assumir o controle.

— Sim — George concordou. — Isso faz sentido.

Ele assentiu para Charles.

— Tudo bem, eu administro o seu clube. — Seus lábios se inclinaram para cima em outro sorriso. — Mal posso esperar para começar.

Charles pegou o copo e acenou para o amigo.

— Já começamos, meu amigo. Agora vamos beber ao seu novo filho.

— Essa é uma ideia fabulosa — respondeu George. Ele pegou o copo e bateu com o de Charles. — E ao seu futuro clube. Será tão bem sucedido quanto você imaginou.

Os dois beberam o conteúdo de seus copos e Charles os encheu novamente de conhaque. Beberam vários copos antes de George sair. Eles já tinham todas as regras do clube estabelecidas então e o futuro do Clube Coventry seria uma realidade em breve. Charles adorava quando um bom plano era concretizado.

CAPÍTULO UM

Abril 1800

Lady Abigail Wallace olhou para o vestido branco insípido e franziu o cenho. A única cor que fora autorizada a usar era uma faixa safira amarrada em volta da cintura. Isso fez pouco para tornar seu vestido mais atraente. Pelo menos a cor da faixa combinava com seus olhos, o branco fazia sua pele parecer quase doentia. Ela tinha pele clara e uma pitada de sardas no rosto. Ninguém a confundiria com uma fada inglesa, especialmente com seus intensos cabelos ruivos.

Por que deixou seu pai convencê-la a participar de uma temporada em Londres? Não havia nada que pudessem oferecer a ela que não encontraria em casa, na Escócia. O que havia de errado em encontrar um bom Laird escocês como marido? A propriedade de sua família ficava nas Terras Baixas e seu pai se identificava mais com os irmãos ingleses do que com os escoceses, mas Abigail preferia ter se arriscado em Edimburgo.

— Pare de se mexer — sua irmã, Belinda, sussurrou baixinho. Seu sotaque escocês evidente, mesmo no tom baixo que ela falou. — Ninguém nos pedirá para dançar com o seu comportamento.

Ela queria responder que isso a faria feliz. Nenhum dos cavalheiros chamara a sua atenção. Tudo o que ela queria era sobreviver à temporada e ir para casa. Quando voltasse solteira, seu pai teria que concordar com uma temporada em Edimburgo. Ele queria que sua filha mais velha se casasse, afinal. Belinda, ele permitiria várias temporadas. Ela era uma verdadeira beleza e teria muitos pretendentes.

Sua irmã tinha um lindo cabelo loiro e olhos azuis claros. Ela parecia mais uma dama inglesa e nada como Abigail. Onde Belinda herdou a aparência da mãe inglesa, Abigail recebeu o cabelo avermelhado do pai. Isso não foi tudo o que herdou dele, seu temperamento era resultado direto de seu sangue escocês. Ela nunca se encaixaria nessa sociedade educada. Abigail não gostava de tolos, e a maioria dos almofadinhas presentes se encaixavam nessa descrição.

— Não precisa se preocupar, querida irmã — começou Abigail. — Há muitos cavalheiros mantendo os olhos em você. Não demorará muito para que alguém seja corajoso o suficiente para pedir uma dança.

Isso era verdade também. Vários cavalheiros estavam olhando na direção delas, mas seus olhares sempre ficavam um pouco mais em Belinda. Abigail completou vinte e um anos antes de partirem para a temporada em Londres. Belinda era três anos mais nova que ela. Ambas já deveriam estar noivas, mas quando a mãe morreu, o pai relutou em vê-las partir. Agora, ele estava determinado a encontrar um marido para elas, como deveria ser, na opinião dele. Abigail queria lhe dizer onde ele poderia colocar suas ideias sobre casamento, e esse não era um lugar agradável.

— Talvez — sua irmã concordou. — Se você parasse de encará-los, eles fariam um esforço. — Sua irmã olhou para ela com uma carranca em seu lindo rosto. — Você pode não querer se casar com um cavalheiro de recursos, mas eu sim. Não tire isso de mim.

Uma comoção se agitou no salão lotado e todos se voltaram para a escada na entrada. Alguém importante devia estar chegando para fazê-los parar e encarar as escadas com antecipação. Abigail desejou poder dizer que não se importava, mas sua curiosidade levou a melhor. Quem poderia estar chegando para atrair tanta atenção? Muitas das mulheres começaram a sussurrar atrás dos leques e quase gritavam de emoção. O próprio Príncipe Regente estaria aqui? Nada mais faria sentido para ela.

Um dos criados de Loxton abriu as portas acima da longa escadaria e anunciou: — O Conde e Condessa de Harrington.

Um homem alto de cabelos escuros e uma bela mulher etérea de cabelos loiros prateados desceram as escadas. Então, um homem seguiu atrás deles. Aquele homem chamou sua atenção. Ele era bonito, se um homem pudesse ser descrito como tal. Não classicamente bonito, mas de um jeito que a deixou sem fôlego.

Ele tinha maçãs do rosto salientes e os lábios mais beijáveis que ela já avistou em um homem de boa família. Seus cabelos escuros eram da cor de um céu da meia-noite e ela ficou curiosa com o tom dos seus olhos. O homem não tinha sido anunciado, mas parecia ser ele, o que todos estavam esperando. Eles prenderam a respiração enquanto ele seguia atrás do conde e da condessa. Quem era ele?

— Oh, ele é adorável — sua irmã praticamente sussurrou as palavras. — Quem você acha que ele é?

— Eu não faço ideia — disse ela. Suas palavras saíram tão ofegantes quanto as da sua irmã. — Talvez devêssemos descobrir.

— Como? — Belinda levantou uma sobrancelha. — Nós não temos conexões a quem perguntar e nossa acompanhante não será de muita ajuda.

Ela apontou para a matrona que os acompanhava, roncando em um sofá próximo, alheia ao que suas encarregadas estavam fazendo. Não que Abigail e Belinda tenham feito muito, ninguém lhes pediu para dançar ou realmente tentou falar com elas. Eram debutantes no início de sua estreia na sociedade. Ela odiava ter que contar a Belinda, mas não sairiam daqui com maridos. Belinda ainda tinha a melhor chance, talvez Abigail devesse ficar em casa na próxima vez e os pretendentes ficariam mais confortáveis para se aproximarem de sua irmã.

— Vamos ouvir um pouco o que as damas falam. Todas parecem amá-lo — respondeu Abigail. — Elas estão bastante encantadas com a presença dele.

Ela não as culpava, o homem era realmente adorável de se ver, mas elas deveriam ter um pouco de autocontrole. O homem claramente as ignorava porque sabia que tinha a atenção de todas. Foi então que ela percebeu que ele era tão vaidoso quanto bonito. Isso significava que ele esperava que toda mulher gostasse dele. Abigail podia achar seu rosto atraente, mas se recusava a ser um brinquedo na mão de qualquer homem.

— Ele pode ser um bom pretendente para você.

— Você acha mesmo? — Belinda perguntou enquanto inclinava a cabeça. — Parece ainda mais improvável que ele me dê atenção do que o resto dos cavalheiros.

Abigail não respondeu à irmã. Ela estava muito ocupada tentando ouvir a conversa entre as duas das damas perto delas.

— Ele não é bonito? — uma das damas murmurou.

— E encantador — disse sua companheira. — Não se esqueça disso. — Ela suspirou enquanto olhava para o homem que atravessava o salão de baile.

Abigail revirou os olhos. Elas eram tolas e muito óbvias em seus afetos. Ela nem queria pensar em como ficara momentaneamente atordoada pelo homem, mas isso não importava porque tivera o bom senso de afastar o sentimento para longe. Ainda assim, prestou atenção na conversa delas, porque ainda não haviam mencionado o nome do homem. Ela queria saber disso para Belinda. Pelo menos, era o que continuava dizendo a si mesma.

— Ninguém sabe quando ele vai ao baile. Ele é um dos solteiros mais elegíveis. — A dama levantou o leque e acenou em seu rosto. — Você acha que se eu me apresentar à Lady Harrington, ela nos apresentará? Todo mundo sabe que ele não participa de nenhum evento da sociedade, a menos que seja com o conde e sua esposa.

As damas estavam muito agitadas e, apesar de serem uma fonte de informação, não davam os detalhes que ansiava, ela teria que descobrir o nome dele de outra maneira. Ele andava pelo lugar e parecia estar saindo do salão mais rápido do que havia chegado. Ele não ficaria?

Ele passou pelas portas em direção ao jardim. Ela se atreveria a encontrá-lo lá fora e ter um encontro secreto com ele? Não funcionaria a menos que conseguisse agir de maneira tímida e desinteressada nele. Muitas damas antes dela já teriam tentado esse truque e falhado.

— Esta noite não foi bem sucedida — disse a irmã, afastando Abigail de seus pensamentos. — Talvez devêssemos ir para casa.

— O baile mal começou — respondeu Abigail. Ela tinha outros planos e precisava da irmã ocupada. — Acho que é hora de você encontrar um parceiro de dança.

Ela passou o braço em torno de Belinda e a puxou para as duas damas que estava ouvindo.

— Olá — ela as cumprimentou. — Eu sou Abigail e esta é minha irmã Belinda.

Ela odiava se apresentar, não gostava de pessoas em geral e preferia ficar em casa, sozinha. Mas isso era para a irmã e, bem, para ela mesma, para ser sincera. Ela queria conversar com o homem misterioso e obter um pouco mais de informações sobre ele. Ver por si mesma se ele era digno de se sonhar.

As duas damas tinham expressões igualmente assustadas no rosto. A bonita de cabelos escuros recuperou a compostura primeiro.

— Eu sou Lady Matilda Emerson — ela forneceu. Diabos. Ela esqueceu de usar os títulos completos ao se apresentar. Abigail era terrível com essas coisas. — E esta é minha prima, Lady Carolyn Westwick.

— É adorável conhecê-las. — Belinda sorriu para as duas. Seu sotaque escocês fluindo enquanto falava. Pelo menos, ela tinha uma voz adorável. — Somos novas na cidade. — Elas provavelmente já perceberam isso, mas Abigail conteve um suspiro e deixou sua irmã continuar. — Vocês não gostariam de nos convidar para um chá? Somos ainda ingênuas quanto a tudo e poderíamos aproveitar alguns conselhos sábios.

Tudo bem... Talvez sua irmã soubesse exatamente como lidar com a situação. As damas provavelmente pensariam que era uma boa maneira de guiá-las pela rede que a sociedade tecia. Havia tantas coisas que deveriam ou não ser feitas, que poderia ser difícil para elas acompanhar.

Lady Matilda olhou para a prima e depois para Abigail e Belinda.

— Seria melhor se você nos convidasse.

Então, ela deu o endereço delas. Um objetivo alcançado, muitos outros para ser concluído. No final, tudo ficaria bem. Belinda encontraria um marido e Abigail poderia voltar para casa. Não havia nada em Londres para ela.

O homem que chamou sua atenção mais cedo voltou à vista. Ela mordiscou o lábio e virou a cabeça. Ele não era para ela.

— Oh... — Lady Carolyn suspirou. — Lá está ele de novo. Ele é tão esquivo. Você acha que ele vai dançar hoje à noite?

— Não é provável — disse Lady Matilda. Sua voz se encheu de admiração pelo misterioso cavalheiro. — Lorde Coventry não dança. Eu me pergunto por que ele está acompanhando Lorde e Lady Harrington hoje à noite. Ele sempre tem algum motivo para comparecer a um baile, embora eu nunca tenha estado a par dos detalhes quando ele participa. Meu irmão mencionou isso antes, algo sobre um clube.

 

Quanto mais aprendia sobre esse Lorde Coventry ‒ no qual ela finalmente tinha um nome para atribuir à pessoa dele ‒ mais ficava intrigada. Ele estava de volta ao salão, então encontrá-lo sozinho provavelmente não aconteceria. Qualquer chance que ela poderia ter tido, havia desaparecido quando ele reapareceu, isso não significava que havia desistido. Em algum momento, ela teria uma conversa com ele e só então, seria capaz de determinar o seu valor. Abigail se orgulhava de ser uma boa juíza do caráter de uma pessoa.

Três cavalheiros se aproximaram delas e, antes que tivesse a chance de pedir a Lady Matilda ou Lady Carolyn para estenderem seus comentários anteriores, elas foram arrastadas para a pista de dança, seguidas por sua irmã. Elas a deixaram sozinha perto do começo da área de dança. A única e verdadeira introvertida no grupo. Abigail suspirou e decidiu deixar o salão de baile, não queria que ninguém tivesse pena dela. Talvez fosse encontrar o banheiro feminino ou a biblioteca. Talvez pudesse encontrar um livro para ler até o final do baile.

Agora que sua irmã havia encontrado o primeiro parceiro de dança, ela ficaria ocupada pelo resto da noite. Todos aqueles cavalheiros que a observavam secretamente não ficariam longe agora.

Resignada a passar a noite sozinha, ela saiu e não olhou para trás. Embora quisesse, não para checar sua irmã, mas para olhar uma última vez para Lorde Coventry, mas ela ainda tinha um pouco de orgulho e não cederia à tentação.

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