Sem Saída

Текст
Из серии: Um Mistério de Riley Paige #13
0
Отзывы
Читать фрагмент
Отметить прочитанной
Как читать книгу после покупки
Шрифт:Меньше АаБольше Аа
Blake Pierce

Blake Pierce é o autor da série de enigmas RILEY PAGE, com doze livros (com outros a caminho). Blake Pierce também é o autor da série de enigmas MACKENZIE WHITE, composta por oito livros (com outros a caminho); da série AVERY BLACK, composta por seis livros (com outros a caminho), da série KERI LOCKE, composta por cinco livros (com outros a caminho); da série de enigmas PRIMÓRDIOS DE RILEY PAIGE, composta de dois livros (com outros a caminho); e da série de enigmas KATE WISE, composta por dois livros (com outros a caminho).

Como um ávido leitor e fã de longa data do gênero de suspense, Blake adora ouvir seus leitores, por favor, fique à vontade para visitar o site www.blakepierceauthor.com para saber mais a seu respeito e também fazer contato.

Copyright© 2018 Blake Pierce. Todos os direitos reservados. Exceto como permitido sob o Copyright Act dos Estados Unidos de 1976, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida por qualquer forma ou meios, ou armazenada numa base de dados ou sistema de recuperação sem a autorização prévia do autor. Este ebook está licenciado apenas para seu usufruto pessoal. Este ebook não pode ser revendido ou dado a outras pessoas. Se gostava de partilhar este ebook com outra pessoa, por favor compre uma cópia para cada recipiente. Se está a ler este livro e não o comprou ou não foi comprado apenas para seu uso, por favor devolva-o e compre a sua cópia. Obrigado por respeitar o trabalho árduo deste autor. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, locais, eventos e incidentes ou são o produto da imaginação do autor ou usados ficcionalmente. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou falecidas, é uma coincidência. Jacket image Copyright Photographee.eu i, usado sob licença de Shutterstock.com.

LIVROS DE BLAKE PIERCE
SÉRIE UM THRILLER PSICOLÓGICO DE JESSIE HUNT
A ESPOSA PERFEITA (Livro #1)
O PRÉDIO PERFEITO (Livro #2)
SÉRIE UM THRILLER PSICOLÓGICO DE CHLOE FINE
A PRÓXIMA PORTA (Livro #1)
A MENTIRA MORA AO LADO (Livro #2)
SÉRIE UM MISTÉRIO DE KATE WISE
SE ELA SOUBESSE (Livro #1)
SE ELA VISSE (Livro #2)
SE ELA CORRESSE (Livro #3)
SÉRIE OS PRIMÓRDIOS DE RILEY PAIGE
ALVOS A ABATER (Livro #1)
À ESPERA (Livro #2)
A CORDA DO DIABO (Livro #3)
AMEAÇA NA ESTRADA (Livro #4)
SÉRIE UM MISTÉRIO DE RILEY PAIGE
SEM PISTAS (Livro #1)
ACORRENTADAS (Livro #2)
ARREBATADAS (Livro #3)
ATRAÍDAS (Livro #4)
PERSEGUIDA (Livro #5)
A CARÍCIA DA MORTE (Livro #6)
COBIÇADAS (Livro #7)
ESQUECIDAS (Livro #8)
ABATIDOS (Livro #9)
PERDIDAS (Livro #10)
ENTERRADOS (Livro #11)
DESPEDAÇADAS (Livro #12)
SEM SAÍDA (Livro #13)
ADORMECIDO (Livro #14)
SÉRIE UM ENIGMA DE MACKENZIE WHITE
ANTES QUE ELE MATE (Livro #1)
ANTES QUE ELE VEJA (Livro #2)
ANTES QUE ELE COBICE (Livro #3)
ANTES QUE ELE LEVE (Livro #4)
ANTES QUE ELE PRECISE (Livro #5)
ANTES QUE ELE SINTA (Livro #6)
ANTES QUE ELE PEQUE (Livro #7)
ANTES QUE ELE CACE (Livro #8)
SÉRIE UM MISTÉRIO DE AVERY BLACK
RAZÃO PARA MATAR (Livro #1)
RAZÃO PARA CORRER (Livro #2)
RAZÃO PARA SE ESCONDER (Livro #3)
RAZÃO PARA TEMER (Livro #4)
RAZÃO PARA SALVAR (Livro #5)
RAZÃO PARA SE APAVORAR (Livro #6)
SÉRIE UM MISTÉRIO DE KERI LOCKE
RASTRO DE MORTE (Livro #1)
RASTRO DE UM ASSASSINO (Livro #2)
UM RASTRO DE IMORALIDADE (Livro #3)
UM RASTRO DE CRIMINALIDADE (Livro #4)
UM RASTRO DE ESPERANÇA (Livro #5)

PRÓLOGO

Morgan Farrell não tinha ideia de onde estava ou de onde acabara de vir. Ela sentia como se estivesse saindo de um nevoeiro profundo e espesso. Algo ou alguém estava bem ali na frente dela.

Ela se inclinou para a frente e viu o rosto de uma mulher olhando para ela. A mulher parecia tão perdida e confusa quanto Morgan.

“Quem é você?" Perguntou à mulher.

O rosto murmurou as palavras em uníssono com ela, e então Morgan percebeu…

Meu reflexo.

Estava olhando para o próprio rosto em um espelho.

Ela se sentiu estúpida por não se reconhecer imediatamente, mas não completamente surpresa.

Meu reflexo.

Ela sabia que estava olhando para o próprio rosto no espelho, mas parecia star olhando uma estranha. Esse era o rosto que ela sempre tivera, o rosto que as pessoas descreviam como elegante e bonito. Agora lhe parecia artificial.

O rosto no espelho não parecia muito… vivo.

Por alguns instantes, Morgan se perguntou se havia morrido. Mas podia sentir sua respiração ligeiramente irregular. Sentiu seu coração batendo um pouco rápido.

Não, ela não estava morta. Mas parecia estar perdida.

Tentou raciocinar.

Onde estou?

O que estava fazendo antes de chegar aqui?

Por estranho que parecesse, era um problema familiar. Essa não era a primeira vez que se encontrava em alguma parte da enorme casa sem saber como tinha chegado lá. Seus ataques de sonambulismo eram causados pelos múltiplos tranquilizantes prescritos pelo médico, além de muito whiskey.

Morgan só sabia de uma coisa – era melhor que Andrew não a visse como estava naquele momento. Não tinha maquiagem e seu cabelo estava desalinhado. Ergueu a mão para retirar uma mecha de cabelo da testa, e então viu…

Minha mão.

Está vermelha.

Está coberta de sangue.

Observou o espanto no rosto refletido.

Depois levantou a outra mão.

Também estava vermelha com sangue.

Com um tremor de repulsa, impulsivamente enxugou as mãos na frente de sua roupa.

Então seu horror aumentou. Tinha acabado de espalhar sangue em sua camisola de seda extremamente cara.

Andrew ficaria furioso se descobrisse.

Mas como iria se limpar?

Olhou ao redor, então apressadamente pegou uma toalha de mão pendurada ao lado do espelho. Enquanto tentava limpar as mãos, viu o monograma…

AF

Essa era a toalha do marido.

Fez um esforço para se concentrar no que a rodeava… as toalhas com monograma… as paredes cintilantes douradas.

Ela estava no banheiro do marido.

Morgan suspirou com desespero.

Suas andanças noturnas já antes a tinham levado ao quarto do marido. Quando o acordava, ficava sempre furioso com ela por violar sua privacidade.

E agora percorrera o quarto até o banheiro adjacente.

Estremeceu. Os castigos do marido sempre eram cruéis.

O que ele vai fazer comigo dessa vez? Pensou.

Morgan sacudiu a cabeça, tentando se libertar da névoa mental. Sua cabeça estava doendo e sentiu náuseas. Obviamente, tinha bebido muito e tomado muitos tranquilizantes. E agora, não só tinha sujado de sangue uma das preciosas toalhas de Andrew, como viu que tinha deixado impressões em todo o balcão do banheiro branco. Havia até sangue no chão de mármore.

De onde veio todo esse sangue? Perguntou a si mesma.

Uma possibilidade estranha lhe ocorreu…

Eu tentei me matar?

Não se lembrava de fazer isso, mas parecia possível. Pensara em suicídio mais de uma vez desde que se casara com Andrew. E se alguma vez morresse por sua própria mão, não seria a primeira a fazê-lo naquela casa.

Mimi, a esposa de Andrew antes de Morgan, havia cometido suicídio.

E também seu filho Kirk, em novembro passado.

Quase sorriu com amarga ironia…

Terei tentado continuar a tradição da família?

Deu um passo para trás para se ver melhor a si mesma.

Todo esse sangue…

Mas não parecia estar ferida em lugar algum.

Então de onde viera o sangue?

Ela se virou e viu que a porta que dava para o quarto de Andrew estava aberta.

Ele está lá? Perguntou-se.

Não acordara com o sucedido?

Ficou mais tranquila com essa possibilidade. Se ele estivesse dormindo tão profundamente, talvez ela pudesse fugir sem que ele percebesse a sua presença.

Mas então sufocou um gemido quando percebeu que não ia ser tão fácil. Ainda tinha que limpar todo aquele sangue.

Se Andrew entrasse em seu banheiro e encontrasse aquela bagunça terrível, é claro que ele saberia que ela era de alguma forma culpada.

Sempre era culpada de tudo na opinião dele.

Com o pânico aumentando, começou a limpar o balcão com a toalha. Mas isso não resultou. Tudo o que estava fazendo era espalhar o sangue por todo o lado. Precisava de água para limpar as coisas.

Quase ligou a torneira quando percebeu que o som de água corrente certamente acordaria Andrew. Pensou que talvez pudesse fechar a porta do banheiro suavemente e ligar a água o mais silenciosamente possível.

 

Ela se arrastou na ponta dos pés pelo enorme banheiro em direção à porta. Quando chegou lá, cautelosamente espreitou para o quarto.

E ficou surpresa com o que viu.

As luzes estavam baixas, mas não havia dúvida de que Andrew estava deitado na cama.

Estava coberto de sangue. Os lençóis estavam cobertos de sangue. Havia até sangue no chão.

Morgan correu para a cama.

Os olhos do marido estavam abertos com uma expressão de terror imóvel.

Ele está morto, Percebeu. Ela não tinha morrido, mas Andrew tinha.

Ele tinha cometido suicídio?

Não, isso era impossível. Andrew não tinha nada além de desprezo por pessoas que tiravam suas próprias vidas – incluindo sua esposa e filho.

"Pessoas não sérias" Costumava ele dizer sobre elas.

E Andrew sempre se orgulhara de ser uma pessoa séria.

E sempre levantara essa questão com Morgan…

"Você é uma pessoa séria?"

Ao olhar mais atentamente, pode ver que Andrew tinha sangrado de muitas feridas diferentes por todo o corpo. E aninhada entre os lençóis encharcados de sangue ao lado de seu corpo, viu uma grande faca de cozinha.

Quem poderia ter feito isso? Morgan se perguntou.

Então, uma estranha e eufórica calma se abateu sobre ela quando percebeu…

Eu finalmente fiz isso.

Eu o matei.

Ela fizera isso em seus sonhos muitas vezes.

E agora, finalmente, ela o fizera de verdade.

Sorriu e disse em voz alta para o cadáver…

"Quem é uma pessoa séria agora?"

Mas ela sabia que não devia aproveitar essa sensação calorosa e agradável. Assassinato era assassinato e ela sabia que tinha que aceitar as consequências.

Mas em vez de medo ou culpa, sentiu uma profunda satisfação.

Ele era um homem horrível. E estava morto. O que quer que tivesse acontecido, valera a pena.

Pegou no telefone ao lado de sua cama com a mão pegajosa e quase discou o 112 antes de pensar…

Não.

Há outra pessoa a quem quero contar primeiro.

Era uma mulher gentil que demonstrara preocupação com seu bem-estar há algum tempo.

Antes de fazer qualquer outra coisa, precisava ligar para aquela mulher e dizer-lhe que não precisava mais se preocupar com a Morgan.

Finalmente, tudo estava bem.

CAPÍTULO UM

Riley notou que Jilly estava se contraindo um pouco em seu sono. A garota de quatorze anos estava no assento ao lado, com a cabeça apoiada no ombro de Riley. O avião já estava no ar há cerca de três horas e demoraria mais algumas horas até que pousassemem Phoenix.

Ela está sonhando? Riley se perguntou.

Se assim fosse, Riley esperava que os sonhos não fossem ruins.

Jilly vivera experiências horríveis durante sua curta vida e ainda tinha muitos pesadelos. Parecia especialmente ansiosa desde que a carta dos serviços sociais de Phoenix tinha chegado, informando que o pai de Jilly queria sua filha de volta. Agora estavam indo para Phoenix para uma audiência que resolveria o assunto de uma vez por todas.

Riley não podia deixar de se preocupar também. O que seria de Jilly se o juiz não permitisse que ela ficasse com Riley?

A assistente social dissera que não esperava que isso acontecesse.

Mas e se ela estivesse errada? Riley se perguntou.

Todo o corpo de Jilly começou a se contrair mais agudamente. Começou a gemer baixinho.

Riley a sacudiu suavemente e disse, “Acorde, querida. Você está tendo um pesadelo.”

Jilly se sentou direita e olhou em frente por um momento. Então começou a chorar.

Riley colocou o braço em volta de Jilly e procurou em sua bolsa por um lenço de papel.

Perguntou, “O que é isso? Com o que você estava sonhando?”

Jilly soluçou por alguns instantes. Então disse, “Não foi nada. Não se preocupe."

Riley suspirou. Ela sabia que Jilly guardava segredos sobre os quais não gostava de falar.

Acariciou o cabelo escuro da menina e disse, “Você pode me dizer tudo, Jilly. Você sabe disso."

Jilly enxugou os olhos e assoou o nariz.

Finalmente disse, “Estava sonhando com algo que realmente aconteceu. Alguns anos atrás. Meu pai estava bêbado e estava me culpando como sempre – por minha mãe ir embora, por ele não conseguir manter um emprego. Por tudo. Ele me disse que me queria fora de sua vida. Ele me arrastou pelo braço para um armário e me jogou para dentro e trancou a porta e…”

Jilly ficou em silêncio e fechou os olhos.

"Por favor, me diga" Disse Riley.

Jilly se sacudiu um pouco e disse, “Eu estava com medo de gritar no início, porque achei que ele me arrastaria de volta e me batia. Ele apenas me deixou lá, como se tivesse esquecido de mim. E depois…"

Jilly reprimiu um soluço.

"Eu não sei quantas horas se passaram, mas tudo ficou bem silencioso. Pensei que talvez ele tivesse acabado por desmaiar ou ido para a cama ou algo assim. Mas ficou assim por muito, muito tempo, e tudo ficou tão silencioso. Finalmente, percebi que ele devia ter saído de casa. Ele fazia isso às vezes. Desaparecia durante dias e eu nunca sabia quando ele voltava ou se voltava.”

Riley estremeceu quando tentou imaginar o horror da pobre garota.

Jilly continuou, “Finalmente comecei a gritar e bater na porta, mas é claro que ninguém podia me ouvir e eu não consegui sair. Estava sozinha naquele armário por… Eu ainda não sei quanto tempo. Vários dias, provavelmente. Eu não tinha nada para comer e não conseguia dormir, estava com muita fome e medo. Tive que fazer minhas necessidades ali e depois tive que limpar isso. Comecei a ver e ouvir coisas estranhas no escuro – acho que devem ter sido alucinações. Acho que meio que perdi a cabeça.”

Não admira, Pensou Riley com horror.

Jilly disse, “Quando ouvi ruídos na casa de novo, pensei que talvez estivesse apenas ouvindo coisas. Eu gritei e papai veio até o armário e o destrancou. Ele estava completamente sóbrio naquele momento e pareceu surpreso em me ver. "Como você ficou aí?" Disse ele. Ficou aborrecido por me ter metido naquela bagunça e me tratou bem por um tempo depois disso.”

A voz de Jilly era quase sussurro, e acrescentou, "Você acha que ele vai ficar com a minha custódia?"

Riley engoliu um nó de ansiedade. Ela deveria compartilhar seus próprios medos com a garota que ela ainda esperava adotar como sua própria filha?

Não conseguia fazer isso.

Em vez disso disse…

"Tenho certeza que não vai."

"É melhor que não" Disse Jilly. "Porque se se isso acontecer, eu vou fugir para sempre. Ninguém nunca vai me encontrar.”

Riley sentiu um arrepio profundo quando percebeu…

Ela está falando a sério.

Jilly tinha um histórico de fugir de lugares de que não gostava. Riley lembrou muito bem como fora seu primeiro encontro com Jilly. Riley estava trabalhando em um caso envolvendo prostitutas mortas em Phoenix, e encontrou Jilly na cabine de um caminhão em um estacionamento onde prostitutas trabalhavam. Jilly decidira se tornar uma prostituta e vender seu corpo para o dono do caminhão.

Será que ela faria algo tão desesperado de novo? Riley se perguntou.

Riley ficou horrorizada com a ideia.

Enquanto isso, Jilly se acalmara e voltara a adormecer. Riley aninhou a cabeça da menina contra seu ombro novamente. Tentou parar de se preocupar com a data da próxima audiência. Mas não conseguia se livrar do medo de perder Jilly.

Será que Jilly sobreviveria se isso acontecesse?

E se ela sobrevivesse, que tipo de vida teria?

*

Quando o avião aterrou, quatro pessoas esperavam para cumprimentar Riley e Jilly. Uma era um rosto familiar – Brenda Fitch, a assistente social que colocara Jilly ao cuidado de Riley. Brenda era uma mulher esbelta e nervosa com um sorriso caloroso e carinhoso.

Riley não reconheceu as outras três pessoas. Brenda abraçou Riley e Jilly e fez apresentações, começando com um casal de meia-idade, ambos fortes e sorridentes.

Brenda disse, “Riley, penso que não conheça Bonnie e Arnold Flaxman. Eles foram os pais adotivos de Jilly por um curto período depois que você a resgatou.”

Riley assentiu, lembrando como Jilly fugira do casal bem intencionado. Jilly estava determinada a viver somente com Riley. Riley esperava que os Flaxman não tivessem ressentimentos. Mas pareciam gentis e acolhedores.

Brenda então apresentou Riley a um homem alto com uma cabeça longa e de formato estranho, e um sorriso um tanto vazio.

Brenda disse, “Este é Delbert Kaul, nosso advogado. Vamos lá, vamos a algum lugar onde nos possamos sentar e conversar.”

O grupo dirigiu-se então até o café mais próximo. Os adultos tomaram café e Jilly pediu um refrigerante. Quando todos se sentaram, Riley lembrou que o irmão de Bonnie Flaxman era Garret Holbrook, um agente do FBI em Phoenix.

Riley perguntou, "Como está Garrett?"

Bonnie encolheu os ombros e sorriu. "Ah. Garrett é Garrett.”

Riley assentiu. Ela se lembrou do agente como um homem bastante taciturno com um comportamento frio. Mas nessa altura estava investigando o assassinato da meia-irmã de Garrett. Ele ficara grato quando ela resolveu o crime e ajudou a colocar Jilly em uma casa de acolhimento com os Flaxman. Riley sabia que ele era um bom homem apesar de aparentar frieza.

Brenda disse a Riley, "Fico feliz que você e Jilly tenham chegado aqui em tão pouco tempo. Eu realmente esperava que estivéssemos finalizando a adoção até agora, mas como escrevi para você em minha carta, nos deparamos com um problema. O pai de Jilly afirma que tomou a decisão de desistir de Jilly sob coação. Não só está contestando a adoção, como está ameaçando acusá-la de sequestro – e a mim como cúmplice.”

Examinando alguns documentos legais, Delbert Kaul acrescentou, “O caso dele é bem frágil. Mas não se preocupe com isso. Tenho a certeza de que podemos resolver tudo isso amanhã.”

De alguma forma, o sorriso de Kaul não era muito reconfortante para Riley. Havia algo fraco e incerto nele. Deu por si a pensar como ele havia sido designado para o caso.

Riley notou que Brenda e Kaul pareciam ter um relacionamento fácil. Não pareciam ser um casal romântico, mas antes bons amigos. Talvez tivesse sido por isso que Brenda o contratara.

Não necessariamente uma boa razão, Pensou Riley.

"Quem é o juiz?" Riley perguntou.

O sorriso de Kaul desapareceu um pouco quando disse, “Owen Heller. Não seria exatamente a minha primeira escolha, mas foi o melhor que conseguimos dadas as circunstâncias.”

Riley reprimiu um suspiro. Ela estava se sentindo cada vez menos segura. Esperava que Jilly não estivesse sentindo o mesmo.

Kaul então discutiu o que o grupo deveria esperar na audiência. Bonnie e Arnold Flaxman iam testemunhar sobre sua própria experiência com Jilly. Eles enfatizariam a necessidade da garota ter um ambiente doméstico estável, que não poderia ter com o pai.

Kaul disse que gostaria que o irmão mais velho de Jilly testemunhasse, mas ele havia desaparecido há muito tempo e Kaul não conseguiu localizá-lo.

Riley deveria testemunhar sobre o tipo de vida que ofereceu a Jilly. Viera para Phoenix armada com todo o tipo de documentação para basear suas reivindicações, incluindo informações financeiras.

Kaul bateu com o lápis na mesa e acrescentou, “Agora, Jilly, você não precisa testemunhar…”

Jilly interrompeu. "Eu quero. Eu vou."

Kaul pareceu um pouco surpreso com a nota de determinação na voz de Jilly. Riley desejou que o advogado parecesse tão determinado quanto Jilly.

"Bem" Disse Kaul, "vamos considerar isso resolvido".

Quando a reunião terminou, Brenda, Kaul e os Flaxman foram embora juntos. Riley e Jilly alugaram um carro, e depois foram para um hotel próximo onde fizeram o check-in.

*

Assim que se acomodaram no quarto de hotel, Riley e Jilly pediram uma pizza. A TV passava um filme que elas já tinham visto e não prestaram muita atenção. Para alívio de Riley, Jilly não parecia nem um pouco ansiosa agora. Conversaram agradavelmente sobre pequenas coisas, como o próximo ano letivo de Jilly, roupas e sapatos, e celebridades nas notícias.

Riley achava difícil acreditar que Jilly estava em sua vida há tão pouco tempo. As coisas pareciam tão naturais e fáceis entre elas.

Como se sempre tivesse sido minha filha, Pensou Riley. Percebeu que era exatamente como se sentia, mas isso provocou uma renovada explosão de ansiedade.

Terminaria tudo amanhã?

Riley não conseguia pensar em como isso seria.

Elas estavam quase terminando sua pizza quando foram interrompidas por um toque alto do laptop de Riley.

 

"Oh, deve ser April!" Disse Jilly. "Ela prometeu que falaríamos".

Riley sorriu e deixou Jilly atender a ligação de sua filha mais velha. Riley ouvia as duas garotas conversando como irmãs em que se tinham transformado.

Quando as garotas terminaram de falar, Riley falou com April enquanto Jilly se sentou na cama para assistir TV. O rosto de April parecia sério e preocupado.

Ela perguntou, "Como estão as coisas para amanhã, mamãe?"

Olhando por toda a sala, Riley viu que Jilly se interessara pelo filme novamente. Riley não achava que ela estava ouvindo o que ela e April estavam falando, mas queria ter cuidado.

"Vamos ver" Disse Riley.

April falou em voz baixa para que Jilly não pudesse ouvir.

"Você parece preocupado, mamãe."

"Estou sim" Disse Riley, falando em voz baixa.

“Você vai conseguir, mamãe. Eu sei que você consegue."

Riley engoliu em seco.

"Espero que sim" Disse ela.

Ainda falando baixinho, a voz de April tremia de emoção.

"Nós não podemos perdê-la, mamãe. Ela não pode voltar a esse tipo de vida.”

"Eu sei" Disse Riley. "Não se preocupe."

Riley e April se entreolharam em silêncio por alguns instantes. De repente, Riley sentiu-se profundamente comovida com a maturidade que sua filha de quinze anos demonstrava naquele momento.

Ela está realmente crescendo, Riley pensou orgulhosamente.

April finalmente disse, "Bem, eu vou deixar você ir. Ligue para mim assim que souber de alguma coisa.”

"Eu vou fazer isso" Disse Riley.

Ela terminou a videochamada e voltou a se sentar na cama com Jilly. O filme estava terminando quando o telefone tocou. Riley sentiu outra onda de preocupação.

Ultimamente, os telefonemas não traziam boas notícias.

Pegou no telefone e ouviu a voz de uma mulher.

"Agente Paige, estou ligando da central telefônica de Quantico. Recebemos uma ligação de uma mulher em Atlanta e… bem, não sei como lidar com isso, mas ela quer falar diretamente com você.”

"Atlanta?" Riley perguntou. "Quem é?"

"O nome dela é Morgan Farrell."

Riley sentiu um calafrio de alarme.

Ela se lembrou da mulher de um caso em que trabalhara em fevereiro. O marido rico de Morgan, Andrew, havia sido suspeito em um caso de assassinato. Riley e seu parceiro, Bill Jeffreys, entrevistaram Andrew Farrell em casa e determinaram que ele não era o assassino que estavam procurando. No entanto, Riley tinha visto sinais de que o homem estava abusando de sua esposa.

Ela silenciosamente havia deixado para Morgan um cartão do FBI, mas nunca lhe tinha ligado.

Eu acho que ela finalmente quer ajuda, Riley pensou, imaginando a mulher magra, elegante, mas tímida que tinha visto na mansão de Andrew Farrell.

Mas Riley se perguntou – o que poderia ela fazer fazer por alguém em suas atuais circunstâncias?

Na verdade, a última coisa no mundo que Riley precisava agora era outro problema para resolver.

A operadora perguntou, "Você quer que eu faça a ligação?"

Riley hesitou por um segundo e disse, "Sim, por favor."

Em um momento, ouviu o som da voz de uma mulher.

"Olá, estou falando com a agente especial Riley Paige?"

Agora ocorria-lhe – ela não conseguia se lembrar de Morgan ter dito uma única palavra enquanto lá estiversaá. Parecia muito apavorada com o marido para falar.

Mas agora não parecia aterrorizada.

Na verdade, parecia bastante feliz.

Será apenas um telefonema de circunstância? Riley se perguntou.

"Sim, fala Riley Paige" Disse ela.

“Bem, eu apenas pensei que lhe devia um telefonema. Você foi muito gentil comigo naquele dia em que visitou nossa casa e me deixou seu cartão, e parecia estar preocupada comigo. Eu só queria que soubesse que já não precisa mais se preocupar comigo. Tudo vai ficar bem agora.”

Riley ficou aliviada por saber.

"Fico feliz em ouvir isso” Disse ela. “Você o deixou? Está se divorciando?”

"Não" Disse Morgan alegremente. "Eu matei o filho da mãe."

Купите 3 книги одновременно и выберите четвёртую в подарок!

Чтобы воспользоваться акцией, добавьте нужные книги в корзину. Сделать это можно на странице каждой книги, либо в общем списке:

  1. Нажмите на многоточие
    рядом с книгой
  2. Выберите пункт
    «Добавить в корзину»