Tratado das Cores

O «Tratado das Cores», de Diogo de Carvalho e Sampaio, é uma obra que se destaca pela profundidade de sua análise sobre a cor e sua aplicação nas artes. O autor explora as propriedades físicas e simbólicas das cores, delineando uma relação intrínseca entre a percepção visual e a estética. Carvalho e Sampaio adota um estilo didático e acessível, repleto de ilustrações que respaldam suas argumentações, o que o posiciona dentro do contexto literário do século XVII, onde a busca pelo conhecimento e a valorização da ciência emergiam como temas centrais. Diogo de Carvalho e Sampaio foi um iluminista que, além de pintor, buscou compreender a natureza das cores em uma época marcada pela transição entre a tradição e a modernidade. Seu interesse pelas cores não se limita ao aspecto artístico; ele reflete uma busca mais ampla pelo entendimento físico e filosófico, influenciado por pensadores contemporâneos que abordavam a relação entre ser humano e natureza. Essa combinação de inquietudes é o que motiva Sampaio a escrever o «Tratado das Cores». Recomendo enfaticamente a leitura do «Tratado das Cores» a todos que se interessam pela interseção entre arte, ciência e filosofia. A obra não é apenas um manual sobre cores, mas uma reflexão sobre a beleza e a complexidade da percepção humana. Sua relevância se estende a artistas, cientistas e leitores ávidos, proporcionando uma rica compreensão do papel fundamental que as cores desempenham em nosso cotidiano.