O Testamento: O Código De Deus

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—Ah,que bom.Muito bem!Vejo falar que é um bom colégio.

—É verdade.Mas é como diz o ditado,quem faz o colégio é o aluno.

—Concordo.E além de estudar,o que faz?

—Ajudo minha mãe em casa e profissionalmente sou auxiliar de escritor.Sou companheiro de aventuras do célebre o vidente.

—Ah!Que massa.Parabéns!como é mesmo isso?

—É assim.Vão surgindo as oportunidades,as aventuras e nos engajamos nas soluções dos problemas.Já estamos no quarto episódio.

—Maravilha!Fiquei curiosa.Poderia me contar um pouco desta experiência?

—Sim,claro.No primeiro episódio,o objetivo era reunir as “Forças opostas”.Eu e meu colega o vidente,usando da nossa arte fizemos uma viagem no tempo e caímos no início do século XX,num Mimoso dominado pelo coronelismo e por uma bruxa má.Durante trinta dias,tivemos a oportunidade de investigar as injustiças e ao juntar os fatos percebemos o desequilíbrio total das forças opostas e o sofrimento duma jovem moça chamada Christine dominada por um pai perverso e sanguinário.Depois de muitas tentativas,conseguimos um acordo com as trevas,uma batalha que decidiria o destino de todos.E assim se fez.Numa grande guerra comandada pelo vidente e pela força celestial conseguimos derrotar finalmente a força das trevas e restabelecer a paz.Tudo melhorou,podemos então ajudar Christine a ser verdadeiramente feliz.Concluído este trabalho,fizemos a viagem de volta ao nosso tempo e foi escrito o primeiro título da série com nome sugestivo:Forças opostas-O mistério da gruta.Um tempo depois,o vidente nos procurou na montanha cheio de indagações sobre sua noite escura da alma,período em que se afastou de Deus,afundou-se em pecados sendo dominado totalmente pelo seu mensageiro e pelo poder respectivo das trevas.Com toda delicadeza,minha mãe e o hindu o prepararam com relação aos pecados capitais.No entanto,nem todos os esforços foram capazes de acalmá-lo.Foi então sugerido que fizéssemos uma viagem a uma ilha onde se localizava o reino dos anjos onde talvez sanássemos nossos problemas e encontrássemos a revelação que se necessitava.No caminho,embarcamos num navio de piratas,vivemos incríveis aventuras com uma gente estigmatizada e de quebra ainda tivemos a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a noite escura.Com sorte,depois de muitas avarias,conseguimos chegar a ilha prometida.Vivemos outras experiências até chegar a revelação prometida.As indagações do livro são:Seria possível que um criminoso se recupere no momento em que está afundado na noite escura?Ou a provável recuperação é apenas um paliativo para uma noite ainda mais escura?Após as revelações,concluímos nossos trabalhos e voltamos para a nossa casa com mais uma missão cumprida.O resultado foi o segundo livro da série intitulado “A noite escura da alma”.Já no terceiro livro,ajudei o vidente a reconstruir sua própria história e no desenvolvimento dos seus dons.No caminho,encontramos um mestre da luz incrível chamado Angel que nos direcionou a mais uma visão.O que ela revelou foi um nordeste de contrastes no início do século XX,focado na batalha de um grupo por justiça,igualdade e liberdade de expressão.Inspirado nesta história,finalmente pudemos fazer o elo entre o mundo daquela época e o atual,com suas diferenças e semelhanças,alcançando o milagre do “Encontro entre os dois mundos”,título também da história.E é isto.Agora estamos indo de encontro mais uma vez com o destino inexplicável.

—Que interessante.Parabéns aos dois.O sucesso com certeza virá.

—Obrigado.O que te traz nesta viagem?

—Tenho parentes em Cabrobó e pretendo ir visitá-los.Faço isso pelo menos uma vez por ano.

—Você mora com quem?

—Moro com meus pais e mais um irmão.E você?

—Com minha mãe adotiva.Minha mãe biológica morreu e meu pai perdeu minha guarda porque me batia muito.

—Ah,sinto muito.Imagino como deve ter sido difícil sua infância.

—Muito complicado mesmo.Mas sobrevivi.Agradeço a minha mãe e ao vidente por terem me apoiado tanto e acreditado em mim.

—Por falar nisso,ele está aqui?

—Sim.É este da poltrona da frente.

—Obrigada.Com licença.

Michelle Lopes se levantou,deu dois passos para frente e delicadamente bateu palmas diante do concentrado vidente engajado na leitura dum livro interessante.A contragosto,ele desviou sua atenção e a focou no rosto e silhueta marcantes de Michelle vestida com calça Jeans,blusa de algodão rosa e sandálias.Sorriu e gentilmente se comunicou.

—Sim.O que deseja moça?

—Meu nome é Michelle Lopes e conversando com um dos seus colegas tomei conhecimento de sua história.Poderia dar—me um abraço?

—Claro.Meu nome é Aldivan Teixeira Torres.Porém,também sou conhecido como vidente ou filho de Deus.Fique a vontade.

—Obrigada.

O vidente levantou-se,Michele se aproximou mais e com um passo adiante finalmente ocorreu o abraço.Aldivan emocionou-se com tanta amabilidade mostrada por uma desconhecida.Por isto ele não esperava e a cada instante que se passava o seu sonho de conquistar o mundo tornava-se mais palpável.

Findo o abraço,o vidente voltou a sentar e delicado que era retomou a conversa.

—Sente-se aqui,dona Michelle,conversemos um pouco pois ainda temos metade do percurso a percorrer.(Convidou o vidente)

—obrigada.Não irei incomodar?

—Que nada.De maneira nenhuma,á vontade.

Meio sem graça,Michelle assentiu e sentou-se.Como era magrinha,o espaço foi suficiente para a mesma.Na mesma hora,o vidente guardou o livro em sua mala a fim de prestar atenção a nova amiga.Por sorte,não acordaram Philliphe e então a conversa foi reiniciada.

—Renato me contou das peripécias de vocês.Conte-me,como é viver isso?

—Muito legal.Sabe,amo este mister.A cada nova missão concluída,sinto-me mais preparado para seguir em frente e vencer.

—Entendo.Sinto-me assim com a pedagogia,adoro crianças e é muito útil colaborar com seu desenvolvimento.

—Claro.Cada um faz parte para o engrandecimento e a evolução da sociedade.Você está de parabéns também.

—Obrigada.E o que é escrever para você?

—Algo natural como comer,estudar ou trabalhar.Uma das minhas faces.E para você,o que é lecionar?

—Uma paixão.Apesar dos grandes desafios que a educação nos impõe,é reconfortante.

—A literatura também é um desafio.Nasci num país sem muita tradição literária possuidor de um grande bolsão de pobreza e onde a média de livros lidos por ano é apenas um por pessoa.

—Caramba!E isto não te desestimula?

—De forma alguma.Quanto maior o desafio,maior é a minha vontade de vencer e direciono todos os esforços para isso.

—Muito louvável.Preciso aprender a ser também assim .O problema são os grandes obstáculos do caminho.

—Nem sempre fui assim.Isto é algo que se adquire somente com a experiência.Qual sua idade?

—Dezoito e você?

—Quase trinta e um.Está explicado.Terá tempo suficiente para aprender os caminhos do sucesso e da felicidade.

—Assim espero.O que vão procurar em Cabrobó?

—Vamos até o povoado chamado Travessia do deserto a fim de nos encontrar.Conhece?

—Nunca fui mas ouvi falar.Ótima escolha.Falam muito das suas propriedades mágicas e alguns o consideram sagrado.Boa sorte.

—Obrigado.

—Bem,vou voltar para meu canto.Muito prazer,Aldivan e sucesso em sua caminhada.

—Desejo o mesmo para você.

—Tchau.

Michelle levantou-se,cumprimentou o vidente com um beijo no rosto e se afastou. Volta para ao lado de Renato que já se encontrava chateado com sua ausência.A conversa volta a desenrolar-se entre os dois sobre vários assuntos enquanto o ônibus avança.Cabrobó se aproximava.

Aproximadamente meia hora depois,finalmente chegam.O ônibus para e todos descem com suas pesadas malas.Gentilmente, Michelle despede-se e só ficam os três mosqueteiros:Renato,o vidente e Philliphe.Juntos,vão ao ponto de lotação que ficava ao lado da rodoviária e contratam um dos carros.Colocam a bagagem na mala,cumprimentam o motorista,adentram no carro e finalmente a partida é dada.Rumo a travessia do deserto!

O curto trajeto de quinze quilômetros é percorrido com muita animação e energia por parte dos integrantes da viagem. Mais do que ansiosos estavam felizes com sua atitude desprendida diante da vida. E que novas emoções e conhecimentos viessem preencher suas almas sedentas.

O automóvel,uma van cor cinza, entra na rua principal do povoado e para exatamente em frente no centro, junto a uma praça. O trio desce,pega as malas,paga a passagem,despede-se do motorista e ali mesmo,no centro,localizam uma pousada.Com alguns passos,entram nela e mesmo sem ter reservado a estadia,conseguem alojamento junto á Dona do estabelecimento que se chamava Luíza para os três.Após acertar as bases,vão descansar da longa viagem.O que os aguardava nesta aventura instigante?Continuem acompanhando,leitores.

Duas horas depois, os viajantes acordam simultaneamente.Um por vez,levantam-se da cama,tomam banho,fazem um lanche na cozinha,escovam os dentes,reúnem-se e decidem iniciar a grande travessia que estava marcada nos seus respectivos destinos.A fim disso,arrumam as mochilas e saem da pousada . Juntando informações, contratam dois jovens experientes neste tipo de aventura.Chamam-se Rafael Potester e Uriel Ikiriri.

O grupo dirige-se ao grande deserto de Cabrobó com todos os aparatos necessários para passarem alguns dias naquele inóspito lugar.Seria possível?Mesmo parecendo loucura,os visitantes não pareciam se importar.Ao contrário,pareciam bastante animados.

No caminho até a entrada do deserto num total de oitocentos metros(800 m) aproveitam para se conhecer melhor e distrair um pouco da missão que era deveras complicada.Acompanhem alguns trechos.

 

—O que procuram exatamente no deserto?(Indagou Rafael)

—Viemos conhecer um pouco mais de nós mesmos e da força que nos comanda.(Resumiu o vidente)

—Queremos ainda auxiliar nosso amigo Philliphe em suas questões pessoais.(Complementou Renato)

—Entendi.(Rafael)

—E quais questões seriam?(Interessou-se Uriel)

—Quero curar meu desespero que se instalou desde que perdi minha família toda num acidente de carro.Quero entender o porquê de tudo isso e a melhor forma de agradar a Deus.(Explicou Philliphe)

—Complicado mesmo.É como diz o ditado,Deus escreve certo por linhas tortas e não cabe a nós julgar.Mas é interessante este questionamento,vão em frente.(Uriel)

—Podem contar conosco nesta grande aventura.Seremos seus anjos.(Prontificou-se Rafael)

—Ah,obrigado,vamos precisar mesmo.(Assentiu o vidente)

—Sinto-me mais tranqüilo.(Declarou Renato)

—Obrigado pelo interesse e estamos também a disposição.(Philliphe)

—De onde vocês são?(Rafael)

—Eu e Renato somos de Pesqueira e nosso amigo Philliphe de Arcoverde.E vocês?(o vidente)

—Somos daqui mesmo e do universo ao mesmo tempo.(Respondeu misteriosamente Rafael)

—Não entendi.(Constatou o vidente)

—Também não.(Reforçou Philliphe)

—Como assim?(Quis saber Renato, incrédulo)

—O que o meu colega quis dizer é que todos nós temos uma origem divina.Temos um nascimento corpóreo e outro espiritual.Não é isto,Rafael?(Interveio Uriel)

—Exato.(Rafael)

—Vocês são impressionantes.(O vidente)

—Diria filósofos.(Philliphe)

—Ou quem sabe Anjos.(Concluiu Renato)

—E você acredita nisto,garoto?(Uriel)

—sim.Por tudo que vivi,não duvido de nada.(Renato)

—Está certo.(Uriel)

—Como já disse,de certa forma seremos.E isto basta por enquanto.(Rafael)

—Está bem.(Conformou-se o curioso Renato)

—Continuemos então.Sigam-nos e cuidado com os animais peçonhentos.(Recomendou Uriel)

—Ok.(o Trio de visitantes)

O grupo se aproximou ainda mais da entrada do grande deserto.Com mais cem metros,ultrapassaram a cerca que dividia o terreno e começaram a caminhar sobre o interessante e místico lugar cheio de poeira,pedras e diante de um sol escaldante.O que os esperava?Os próximos capítulos prometiam.

O primeiro dia

Esquenta mais um pouco.Mesmo assim,o grupo segue firme em seu propósito naquela imensidão desértica.Ali,naquele momento,tudo estava em jogo e eles não podiam sequer pensar em falhar.Contudo,não estava ao alcance deles manipular os desígnios de Deus muito menos o destino que eram incontroláveis.

Completam quinhentos metros percorridos.Neste exato momento,uma brisa fria sopra amenizando o calor que sufocava a todos.Philliphe,o mais maduro,sugere uma pausa e os outros a concedem pois o limite de cada um deveria ser respeitado.Aproveitam o intervalo para retomar a conversa.

—Aonde exatamente querem nos levar,Uriel e Rafael?(Questiona Philliphe)

—De encontro ao vosso destino.(Rafael)

—Podem ser mais específicos?(O vidente)

—Eu explico.Neste deserto,há dez cidades espirituais cada qual com um grande especialista nas diversas áreas humanas.Com a ajuda deles,podemos desvendar “O testamento” que encerra a vontade do divino em relação ao comportamento das criaturas.Acreditamos que com isso vossas pretensões fiquem satisfeitas.(Uriel)

—Esplêndido.É exatamente isto o que procuramos!(maravilhou-se Renato)

—Ainda está longe da primeira cidade?(Philliphe)

—Calma.Praticamente nem começamos.(Uriel)

—Podemos continuar?(Rafael)

—Tudo bem por mim.(O vidente)

—Por mim também.Já descansei o bastante.(Philliphe)

—Vamos então!(Consentiu Renato)

A caminhada é então retomada.A cada passo dado,se sentiam mais confiantes e convictos do que queriam mesmo que o desafio fosse gigantesco.A sorte estava lançada junto a dois misteriosos jovens que aparentavam ser de outro mundo pelo modo como agiam.Em frente sempre!

O tempo passa um pouco.Chegamos ás catorze horas e o grupo para uma segunda vez com o intuito de almoçar.Rafael e Uriel tiram as marmitas da mochila e gentilmente distribuem entre os parceiros de viagem.Seria a única refeição do dia e só voltariam a comer na prometida cidade.

Durante o almoço,alegremente conversam,escutam música,se hidratam e colocam protetor solar pois ainda o sol achava-se forte.Naquele exato instante,permaneciam com fé,garra e esperança apesar de um pouco ansiosos e nervosos.Mas isto já era esperado pois estavam prestes a descobrir um grande mistério e até mesmo achar um sentido para suas vidas atribuladas,especificamente no caso de Philliphe.

Concluem a refeição em trinta minutos e já retomam a caminhada rumo a primeira cidade que ainda encontrava-se distante.Com sorte,poderiam chegar lá no final da noite.Portanto,cada minuto era importante e os guias faziam questão de destacar isto.

Continuam firmes no percurso e os sentimentos que predominam no momento são os mesmos apesar de a cada instante o destino se aproximar mais.Além destes,a saudade de casa começa a bater forte para o trio pois estavam acostumados a comodidades que ali no deserto não encontrariam.Principalmente o vidente que ainda tinha mãe e irmãos que o ajudavam em todas as tarefas.

Passam-se mais duas horas sem maiores novidades e sem encontrar alma viva.O cansaço pesa para todos pelo longo percurso já percorrido e pelo clima inóspito que sugava suas energias.Como que pedindo socorro,O vidente e Philliphe sugerem mais uma parada.Os outros aceitam e nos oito minutos que se seguem aproveitam para beber bastante líquido,comer alguma coisa e receberem orientações dos guias.Após,seguem em frente e prometem caminhar ininterruptamente por mais três horas.Que maratona!

No período que se segue já citado,diminuem o ritmo mas prosseguem com as passadas regulares.Quando a luminosidade baixa de vez,os guias usam lanternas poderosas que permitem a visibilidade.Quando completam as três horas,nova parada.Desta feita,seria de aproximadamente trinta minutos.

Além da hidratação básica, decidem sentar em círculos naquele solo empoeirado e duro.Lado o lado,a conversa surge inevitavelmente.

—Quanto tempo ainda para chegar na cidade?(Indagou o impaciente Philliphe)

—Calma.Aproximadamente duas horas e meia.(Rafael)

—Como ela se chama?(Renato)

—Familyng.(Uriel)

—Por que este nome?( o vidente)

—Porque se consideram uma grande família e seguem alguns preceitos básicos.Chegando lá,procuraremos Isael.

—Beleza.Entendi.(o vidente)

—Mais alguma informação?(Rafael)

—Não.Já basta.(Contentou-se Philliphe)

—Para mim está bom também.(Renato)

Continuaram o descanso em paz e em silêncio.Passados os trinta minutos,reuniram as energias restantes e retomaram a caminhada.Agora,o destino da equipe estava próximo de se revelar.

No percurso restante,tiveram alguns problemas:Renato fora picado por um escorpião e por sorte os guias tinham trazido o antídoto e o aplicaram de imediato.Ele melhorara.Além disto,Philliphe esgotara suas forças por conta de sua idade e tivera que ser ajudado.Ainda bem que estavam perto.No exato ponto,Rafael e Uriel pronunciaram palavras em outra língua e então o portal se abrira.Familyng mostrava-se com todo o seu esplendor e foi permitido aos visitantes adentrarem nela.

Após ultrapassarem o portal,começaram a percorrer as ruas estreitas com suas ladeiras da pequenina Familyng com seus sete mil habitantes.Os guias os levaram até uma pousada na praça principal a fim de descansar pois já passava das 22:00 horas.Ao chegarem no estabelecimento,acertaram as bases da noitada na sala de espera e com tudo certo se dirigiram aos quartos(dois).Os guias ficaram em um e os guiados em outro.

Imediatamente após chegar nos quartos em suas respectivas camas,os integrantes das equipes adormeceram.Tinha sido mesmo uma longa viagem para quem não estava acostumado com isso.Sonhariam com o próximo dia que prometia grandes novidades.Até o próximo capítulo,leitores!

Parte II— Familyng
2.1—Valores

Amanhece.Logo cedinho,o trio formado por Renato,Philliphe e o vidente acordam e após realizarem suas necessidades básicas como ir ao banheiro,tomar café,escovar os dentes e usar uma roupa limpa decidem acordar os guias que ainda não tinham levantado.

Com a permissão da dona,pegam a chave e com o auxílio dela abrem a porta,aproximam-se dos dormitórios e com delicadeza sacodem com força Rafael e Uriel.A estratégia surte efeito e mesmo com o susto eles não ficam chateados.Integram-se então ao grupo,vão tomar banho e comer o desjejum.Após isto,saem da pousada e após caminhar um pouco chegam á praça e se reúnem na mesma com o convidado Isael o qual tinha sido avisado por telefone.

Todos se cumprimentam ,abraçam-se e se acomodam nos assentos disponíveis nos bancos.Os guias tomam então a palavra:

—Bem,pessoal,começa aqui um desafio.Iremos descobrir juntos “O testamento”,palavras de Deus para anjos e homens.Ao final,conheceremos mais este Deus invisível e saberemos que caminho seguir.De acordo?(Rafael)

—Como será isto?(Indagou Philliphe)

—Pediremos inspiração ao divino e promoveremos um bate papo democrático entre nós.Neste momento,Deus há de se revelar.(Explicou Uriel)

—Quais assuntos serão abordados?(Interessou-se o vidente)

—Serão dez blocos envolvendo as diversas áreas humanas.Começaremos com o bloco família que tem como especialista Isael.(Rafael)

—Isto.Estou a disposição para ajudá-los.(Prontificou-se Isael)

—Por onde começamos?(Indagou Renato)

—O que sugere?(Uriel)

—Quero saber sobre os valores necessários e indispensáveis para uma boa base familiar.(Renato)

—Muito bem.De acordo,pessoal?(Uriel)

—Sim.(Os outros).

—Então comecemos.Com a palavra,Isael.(Uriel)

—A família é um todo e para este todo ser harmônico e feliz é necessário empenho de todos os seus integrantes.Especificamente os pais tem maiores obrigações por serem os formadores de seus filhos.(Isael)

—E o que é necessário além disso para manter a coesão?(Indagou Philliphe)

—Um trabalho diário motivado pelo amor e compreensão,fundando uma boa base de valores.(Explicou Isael)

—E que valores você recomendaria?(O vidente)

—Exemplos de humildade,lealdade,generosidade entre outros e vocês?(Isael)

—Cumplicidade,fé e garra.(Rafael)

—Temor a Deus,persistência e dedicação.(Uriel)

—Trabalho,amor á vida e respeito.(O vidente)

—Honestidade,simplicidade e entrega.(Renato)

—Paciência,amor e carinho.(Philliphe)

—Esplêndido.Deus está agindo entre nós.E o que fariam quando todos os esforços parecem não surtir efeito e os filhos se rebelam?(Isael)

—Eu daria uma boa surra para eles aprenderem.kkkkkk.(Renato)

—Credo,Renato,não esperava por isso.(Espantou-se o vidente)

—Brincadeirinha.Eu mudaria o foco e deixaria a vida ensiná-los.(Renato)

—Já eu tentaria outras formas para fazê-los enxergar o caminho da luz.(O vidente)

—E que tal mais diálogo?Eu o faria pois uma boa conversa sempre produz resultados.(Lembrou Rafael)

—Boa.Além disso,eu pediria ajuda aos céus para me auxiliarem nos momentos difíceis(Uriel)

—Muito bem.Usaria do meu exemplo para inspirá-los e declarava meu amor por eles.(Philliphe)

—Boa,Philliphe.É isto o que devemos fazer.Devemos amar os nossos filhos em todos os momentos estejam eles errados ou não.O amor faz milagres.(Isael)

—E quanto ao direcionamento religioso,o que sugere,Isael?(O vidente)

—Recomendo não forçar nada.Deixai os filhos crescerem e decidirem qual caminho seguir pois o livre arbítrio existe para isto.(Isael)

—Concordo.Reprovo a conduta dos pais que levam o filho para sua Igreja,o batizam,sem ao menos pensar nas conseqüências.(Rafael)

—É importante ter a mente aberta e entender que Deus está em todas as crenças e que a religiosidade não é um fator primordial para a salvação dum indivíduo.(Uriel)

 

—E o problema maior é quando os pais são de religiões diferentes,aí o bicho pega.(Lembrou Philliphe)

—Gera um problema grande e os filhos é que acabam sendo prejudicados.(Reforçou o vidente)

—Independente disto,a própria vida,o dia-dia acaba por influenciar o indivíduo construindo aos poucos o seu Maktub e os dois tipos de destino.Muda-se a religião,as crenças,rebela-se,o importante é manutenção de valores ,ou seja,não é o fato de ser de uma religião A ou B que terei caráter.(Renato)

—Brilhante,Renato.Caráter é essencial e só é possível construí-lo com os valores citados e como disse com um trabalho contínuo.(Isael)

—E o que você acha que é mais importante para manter a família unida?(Philliphe)

—Amor,compreensão,respeito.Ser companheiro nos momentos bons e ruins.(Isael)

—Eu fiz isto.Pena que perdi meus entes queridos tão cedo.(Philliphe)

Lágrimas insistentes escorrem dos olhos de Philliphe molhando o rosto todo.O fato emociona a todos que se aproximam para consolá-lo.Ali estava um exemplo de um homem batalhador atingido por uma fatalidade.

—O que quer que eu diga?Você sabe que não foi culpa de ninguém.Tinha que acontecer.(Isael)

—O importante é que você não desistiu da vida e que está aqui para aprender um pouco com esta dor.(Rafael)

—Juntos aprenderemos com Deus e ao final o objetivo é superar isto mesmo que não se esqueça.(Uriel)

—Força,amigo.(O vidente)

—Estamos aqui.(Renato)

—Obrigado a todos.Podemos fazer uma pausa?(Philliphe)

—Claro.O que acham?(Isael)

—Sim.( os outros)

O grupo parou um pouco e aproveitou o tempo para se hidratar,comer um lanche,dar em voltas em torno da praça e ouvir uma música.Os próximos subitens relacionados á família prometiam grandes descobertas e enriqueceriam “O testamento” que mostrava um pouco do Deus invisível presente em todos.Continuemos então.

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