Ascensão

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ASCENSÃO

(AS CRÔNICAS DA INVASÃO – LIVRO 3)

MORGAN RICE

Morgan Rice

Morgan Rice é a best-seller nº1 e a autora do best-selling do USA TODAY da série de fantasia épica O ANEL DO FEITICEIRO, composta por dezassete livros; do best-seller nº1 da série OS DIÁRIOS DO VAMPIRO, composta por doze livros; do best-seller nº1 da série TRILOGIA DA SOBREVIVÊNCIA, um thriller pós-apocalíptico composto por três livros; da série de fantasia épica REIS E FEITICEIROS, composta por seis livros; da série de fantasia épica DE COROAS E GLÓRIA, composta por oito livros; da série de fantasia épica UM TRONO PARA IRMÃS, composta por 8 livros (a continuar); e da nova série de ficção científica AS CRÓNICAS DA INVASÃO, composta por 3 livros (a continuar). Os livros de Morgan estão disponíveis em edições áudio e impressas e as traduções estão disponíveis em mais de 25 idiomas.

Morgan adora ouvir a sua opinião, pelo que, por favor, sinta-se à vontade para visitar www.morganricebooks.com e juntar-se à lista de endereços eletrónicos, receber um livro grátis, receber ofertas, fazer o download da aplicação grátis, obter as últimas notícias exclusivas, ligar-se ao Facebook e ao Twitter e manter-se em contacto!

Críticas Seletas a Morgan Rice

"Se pensava que já não havia motivo para viver depois do fim da série O ANEL DO FEITICEIRO, estava enganado. Em A ASCENSÃO DOS DRAGÕES Morgan Rice surgiu com o que promete ser mais uma série brilhante, fazendo-nos imergir numa fantasia de trolls e dragões, de valentia, honra, coragem, magia e fé no seu destino. Morgan conseguiu mais uma vez produzir um conjunto forte de personagens que nos faz torcer por eles em todas as páginas… Recomendado para a biblioteca permanente de todos os leitores que adoram uma fantasia bem escrita."

--Books and Movie Reviews, Roberto Mattos

“Uma fantasia repleta de ação que irá certamente agradar aos fãs das histórias anteriores de Morgan rice, juntamente com os fãs de trabalhos tais como O CICLO DA HERANÇA de Christopher Paolini…Os fãs de ficção para jovens adultos irão devorar este último trabalho de Rice e suplicar por mais.”

--The Wanderer, A Literary Journal (referente a Ascensão dos Dragões

"Uma fantasia espirituosa que entrelaça elementos de mistério e intriga no seu enredo. Uma Busca de Heróis tem tudo a ver com a criação da coragem e com a compreensão do propósito da vida que leva ao crescimento, maturidade e excelência… Para os que procuram aventuras de fantasia com sentido, os protagonistas, estratagemas e ações proporcionam um conjunto vigoroso de encontros que se relacionam com a evolução de Thor desde uma criança sonhadora a um jovem adulto que procura sobreviver apesar das dificuldades… Apenas o princípio do que promete ser uma série de literatura juvenil épica."

--Midwest Book Review, D. Donovan, eBook Reviewer

"O ANEL DO FEITICEIRO tem todos os ingredientes para um sucesso instantâneo: enredos, intrigas, mistério, valentes cavaleiros e relacionamentos que florescem repletos de corações partidos, deceções e traições. O livro manterá o leitor entretido por horas e agradará a pessoas de todas as idades. Recomendado para a biblioteca permanente de todos os leitores do género de fantasia."

--Books and Movie Reviews, Roberto Mattos.

"Neste primeiro livro repleto de ação da série de fantasia épica Anel do Feiticeiro (que conta atualmente com 14 livros), Rice introduz os leitores ao Thorgrin "Thor" McLeod de 14 anos, cujo sonho é juntar-se à Legião de Prata, aos cavaleiros de elite que servem o rei... A escrita de Rice é sólida e a premissa intrigante."

--Publishers Weekly

Livros de Morgan Rice

OLIVER BLUE E A ESCOLA DE VIDENTES

A FÁBRICA MÁGICA (Livro 1)

O ORBE DE KANDRA (Livro 2)

AS CRÔNICAS DA INVASÃO

TRANSMISSÃO (Livro 1)

CHEGADA (Livro 2)

ASCENSÃO (Livro 3)

O CAMINHO DA ROBUSTEZ

APENAS OS DIGNOS (Livro n.º 1)

UM TRONO PARA IRMÃS

UM TRONO PARA IRMÃS (Livro n.º 1)

UMA CORTE PARA LADRAS (Livro n.º 2)

UMA CANÇÃO PARA ÓRFÃS (Livro n.º 3)

UMA NÊNIA PARA PRÍNCIPES (Livro n.º 4)

UMA JOIA PARA REALEZAS (Livro n.º 5)

DE COROAS E GLÓRIA

ESCRAVA, GUERREIRA, RAINHA (Livro n.º 1)

VADIA, PRISIONEIRA, PRINCESA (Livro n.º 2)

CAVALEIRO, HERDEIRO, PRÍNCIPE (Livro n.º 3)

REBELDE, PEÃO, REI (Livro n.º 4)

SOLDADO, IRMÃO, FEITICEIRO (Livro n.º 5)

HEROÍNA, TRAIDORA, FILHA (Livro n.º 6)

GOVERNANTE, RIVAL, EXILADA (Livro n.º 7)

VENCEDORA, DERROTADA, FILHO (Livro n.º 8)

REIS E FEITICEIROS

A ASCENSÃO DOS DRAGÕES (Livro n.º 1)

A ASCENSÃO DOS BRAVOS (Livro n.º 2)

O PESO DA HONRA (Livro n.º 3)

UMA FORJA DE VALENTIA (Livro n.º 4)

UM REINO DE SOMBRAS (Livro n.º 5)

A NOITE DOS CORAJOSOS (Livro n.º 6)

O ANEL DO FEITICEIRO

EM BUSCA DE HERÓIS (Livro n.º 1)

UMA MARCHA DE REIS (Livro n.º 2)

UM DESTINO DE DRAGÕES (Livro n.º 3)

UM GRITO DE HONRA (Livro n.º 4)

UM VOTO DE GLÓRIA (Livro n.º 5)

UMA CARGA DE VALOR (Livro n.º 6)

UM RITO DE ESPADAS (Livro n.º 7)

UM ESCUDO DE ARMAS (Livro n.º 8)

UM CÉU DE FEITIÇOS (Livro n.º 9)

UM MAR DE ESCUDOS (Livro n.º 10)

UM REINADO DE AÇO (Livro n.º 11)

UMA TERRA DE FOGO (Livro n.º 12)

UM REINADO DE RAINHAS (Livro n.º 13)

UM JURAMENTO DE IRMÃOS (Livro n.º 14)

UM SONHO DE MORTAIS (Livro n.º 15)

UMA JUSTA DE CAVALEIROS (Livro n.º 16)

O DOM DA BATALHA (Livro n.º 17)

TRILOGIA DE SOBREVIVÊNCIA

ARENA UM: TRAFICANTES DE ESCRAVOS (Livro nº1)

ARENA DOIS (Livro n.º 2)

ARENA TRÊS (Livro n.º 3)

MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO

TRANSFORMADA (Livro n.º 1)

AMADA (Livro n.º 2)

TRAÍDA (Livro n.º 3)

DESTINADA (Livro n.º 4)

DESEJADA (Livro n.º 5)

COMPROMETIDA (Livro n.º 6)

PROMETIDA (Livro n.º 7)

ENCONTRADA (Livro n.º 8)

RESSUSCITADA (Livro n.º 9)

COBIÇADA (Livro n.º 10)

PREDESTINADA (Livro n.º 11)

OBCECADA (Livro n.º 12)

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Copyright © 2018 por Morgan Rice. Todos os direitos reservados. Exceto conforme permitido pela Lei de Direitos de Autor dos EUA de 1976, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, ou armazenada numa base de dados ou sistema de recuperação, sem a autorização prévia da autora. Este e-book está licenciado para o seu uso pessoal. Este e-book não pode ser revendido ou cedido a outras pessoas. Se quiser partilhar este livro com outra pessoa, por favor, compre uma cópia adicional para cada destinatário. Se está a ler este livro e não o comprou, ou se ele não foi comprado apenas para seu uso pessoal, por favor, devolva-o e adquira a sua própria cópia. Obrigado por respeitar o trabalho árduo desta autora. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, lugares, eventos e incidentes são produto da imaginação da autora ou foram usados de maneira fictícia. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou falecidas, é mera coincidência.

ÍNDICE

CAPÍTULO UM

CAPÍTULO DOIS

CAPÍTULO TRÊS

CAPÍTULO QUATRO

CAPÍTULO CINCO

CAPÍTULO SEIS

CAPÍTULO SETE

CAPÍTULO OITO

CAPÍTULO NOVE

CAPÍTULO DEZ

CAPÍTULO ONZE

CAPÍTULO DOZE

CAPÍTULO TREZE

CAPÍTULO CATORZE

CAPÍTULO QUINZE

CAPÍTULO DEZESSEIS

CAPÍTULO DEZESSTE

CAPÍTULO DEZOITO

CAPÍTULO DEZENOVE

CAPÍTULO VINTE

CAPÍTULO VINTE E UM

 

CAPÍTULO VINTE E DOIS

CAPÍTULO UM

Kevin assistiu, horrorizado, a pequena nave que arrastava ele e Chloe para dentro de si, completamente indefeso enquanto ela os levantava com seu feixe de luz. Eles balançaram no ar, se debatendo inutilmente e ainda assim sendo arrastados.

Tinha tido tanta certeza que iam derrotar os aliens usando o vírus tirado dos poços de alcatrão, mas os aliens tinham devolvido o frasco vazio, quase com desdém.

Mas essa não era a pior parte. A pior parte era que Luna se fora. Transformaram Luna em um deles, e doía mais do que Kevin jamais imaginou que qualquer coisa podia doer.

Chloe gritou ao seu lado enquanto subiam, tropeçando no ar que parecia ter se esquecido qual lado era pra baixo. Kevin podia escutar seu medo, mas também sua raiva.

Metal se fechou a sua volta, e eles despencaram juntos no chão da pequena nave que os havia sugado. Kevin lutou pra se levantar, se preparando, meio esperando ser atacado por alguma força alien.

Em vez disso, se viu de pé no meio de uma sala grande e redonda de paredes brancas. Havia um portal circular no chão que parecia poder se abrir e fechar como a lente de uma câmera, e nada mais.

Chloe andou até uma das paredes e bateu nela com o punho.

“Kevin, o que a gente vai fazer?”

Kevin queria poder responder. Mas depois de tudo que tinha acontecido lá embaixo, não achava que tinha respostas para mais nada.

“Eu não sei,” ele disse.

Chloe bateu na parede de novo, um soco de som surdo contra o interior.

“Chloe, isso não vai—”

De repente, eles estavam de pé sobre o ar. A parede agora era translucida como vidro, e Kevin tinha uma visão clara de Sedona desaparecendo sob seus pés, e a nave maior acima a qual estavam se dirigindo.

De tão perto, Kevin podia ver a porta—mais como uma boca cavernosa— aberta para recebê-los, deixando a nave entrar no que deveria ser um hangar. Alguma coisa ondulou quando eles a atravessaram, algum escudo ou membrana que deveria estar lá para manter a atmosfera presa.

“Incrível,” disse Chloe, arfando.

Kevin teve de concordar. O hangar era grande o suficiente para dúzias de naves, todas conectadas a passarelas. A nave deles se prendeu a uma delas.

Eles frearem subitamente, e uma seção da parede deslizou, revelando uma passagem aberta.

Kevin e Chloe se entreolharam. Por que não foram recebidos? Atacados?

“Eles querem que a gente saia andando?” Chloe perguntou. “Por que não nos mataram ainda?”

Kevin também se perguntava.

“Pode ser uma armadilha,” ele disse.

Ela começou a chorar.

Kevin pôs uma mão no seu braço. Ele sabia como as coisas podiam dar errado, e seus pensamentos se dividiram entre preocupação por ela e apreensão pelo que podia estar acontecendo ali. Por que estavam sozinhos? Por que não foram recebidos pelo equivalente alienígena da polícia ou soldados esperando por eles?

“A gente sai?” Kevin perguntou. “Ou ficamos aqui?”

Ela olhou para ele.

“Nenhuma opção parece segura,” disse.

Chloe deu um passo na direção da entrada, para surpresa de Kevin, e ele a seguiu. Mas ela parou de repente, esbarrando de cara com alguma coisa. Era uma ilusão—uma parede transparente que a impedia de passar, mas permitia que olhasse para fora.

Então a pequena nave deles começou a se mover de novo, lentamente, pelo gigantesco hangar.

Kevin chegou perto e olhou para fora com admiração. O hangar era enorme e arredondado, parecendo tão crescido quanto construído, as paredes pulsando fracamente com poder. Mas além das fileiras e fileiras de naves, o lugar estava vazio.

Não haviam outros prisioneiros, nem máquinas trabalhando, e nem alienígenas.

“Cadê todo mundo?” Chloe perguntou, ecoando seus pensamentos.

Kevin não respondeu, porque estava ocupado olhando para a Terra. Sedona estava abaixo deles, e parecia tão perto, mas tão dolorosamente longe.

“Por que não estamos caindo nessa direção?” ele se perguntou em voz alta.

Chloe franziu o rosto para ele, olhou em volta, e deu de ombros. “Não sei. Talvez a gravidade funcione diferente aqui. Mas ficou meio feliz de não cair.”

Kevin também estava feliz, porque teria sido uma queda muito longa. Demorou um momento para perceber que a cidade parecia estar cada vez mais longe a cada momento, recuando pouco a pouco, os prédios diminuindo até Kevin não poder mais distingui-los.

“Ainda estamos nos movendo!” ele disse. “Estamos indo pro espaço!”

Apesar de tudo, apesar dos horrores que haviam sido impostos ao seu mundo, e o perigo em que provavelmente se encontravam, apesar de terem falhado em destruir os alienígenas, Kevin teve que admitir uma parte de si estava animada. A ideia de finalmente ir para o espaço era quase incrível demais para acreditar.

“Seria legal se não fosse por onde estamos indo,” Chloe apontou.

Kevin pode escutar o medo dela, e até podia sentir um pouco ele mesmo. Se estavam subindo, só havia um lugar aonde poderiam estar indo, e seria um lugar perigoso para os dois. A nave planeta sobrevoava acima, sua superfície rochosa pontuada por torres pontudas como espigas, mas tirando isso, quase completamente lisa.

Era assustador, mas a questão era, também podia ser a melhor chance deles de realmente fazer alguma coisa sobre tudo aquilo.

“Eu sei que você está com medo,” Kevin disse. “Mas não tem nada que a gente possa fazer pra sair daqui. E olhe pelo lado bom: não tínhamos como impedi-los lá na Terra. Talvez a gente consiga aqui em cima.”

Chloe bufou. “De que jeito?”

Kevin deu de ombros. Não sabia ainda. Tinha que ter um jeito. Talvez houvesse uma maneira de desligar as coisas quando os aliens não estivessem olhando. Talvez houvessem meios de expulsá-los, ou lutar contra eles, ou até matá-los.

“Temos que tentar,” Kevin disse.

Não podia deixar de pensar em Luna. O que aconteceu com ela foi muito pior do que ser transportado em uma nave alienígena qualquer.

Eles permaneceram em silêncio, assistindo enquanto a Terra ficava menor e menor lá embaixo. Logo, era do tamanho de uma melancia, então uma bola de baseball, então uma bolinha de gude contra o céu noturno.

Kevin se virou e olhou para a nave mãe. Não tinha percebido direito quão grande o planeta alien era antes, e foi só quando a nave virou e se moveu no espaço que ele teve uma noção real de quão grande ele era.

“É um mundo de verdade,” Kevin disse, incapaz de conter o deslumbramento em sua voz.

“A gente sabia disso,” Chloe disse. “Estava lá em cima no céu.”

“Mas um mundo de verdade...”

Havia uma diferença muito grande entre ver alguma coisa de longe e estar lá. Como a lua, Kevin podia ter coberto a nave planeta com a palma da mão da Terra, mas agora que estavam ali, ela seguia tão longe quanto os olhos podiam ver em todas as direções. Havia estruturas na superfície, embora a maior parte parecesse estéril e vazia, apenas com torres gigantes espetadas como as espinhas de um ouriço do mar. Havia também aberturas como bocas, tão grandes que mesmo uma nave como a deles podia caber sem tocar os lados. Kevin não podia imaginar o que poderia ter talhado aberturas como essas em um mundo, mas no momento eles tinham coisas mais importantes com o que se preocupar.

“Acho que vamos entrar,” Kevin disse. Não apenas no mundo, mas dentro dele, além da casca exterior da superfície.

Chloe não pareceu feliz com isso. “Vamos ficar presos. Nunca vamos achar a saída.”

“Nós vamos,” Kevin assegurou.

Ele tinha que acreditar nisso. A alternativa é que eles se dirigiam as suas mortes conforme a nave que os carregava descia até a superfície do mundo...

...e através dela.

Kevin olhou ao seu redor. Todo interior da nave planeta era como uma casca vazia, e lá dentro havia tudo que Kevin podia esperar da superfície de um planeta. Havia oceanos e massas continentais, veículos andando pra lá e pra cá, e cidades tão enormes que pareciam tomar quase todo pedacinho de terra disponível, transformando a grande nave em uma colmeia gigante de atividade. Espirais se levantavam em pontos diferentes da vasta cidade, douradas e brilhando, parecendo palácios contrastando com o resto. Um grande orbe dourado-avermelhado pulsava no coração do planeta, emitindo calor e luz.

Kevin achou que podia ver figuras lá embaixo, mas ainda estavam muito distantes para distinguir os detalhes.

“Aliens,” Chloe disse, olhando para baixo. “Não pessoas controladas por eles, não mensagem, não só vozes... aliens.”

Kevin entendeu o que ela quis dizer. Todo esse tempo, eles só tiveram pistas dos aliens, visto só os efeitos do que eles podiam fazer. Agora estavam no mundo dos aliens, e ele era enorme.

Sentiram o impacto quando a nave que os carregava se fixou no planeta, estabilizando a vista de uma cidade ao seu redor em que criaturas de tamanhos e formas impossíveis andavam em ângulos estranhos, presos no lugar de lado e de cabeça para baixo, desafiando a gravidade. Ou talvez apenas controlassem a gravidade, de forma que qualquer direção podia ser “pra baixo.”

Dessa vez, a porta abriu de verdade. Kevin podia sentir a leve brisa no rosto, quente e amena, com um cheiro diferente de qualquer coisa que já tinha sentido.

Mas o que mais o surpreendeu foi o que os esperava do outro lado.

Um trio de figuras estava lá, esperando para recebê-los.

Eles eram quase idênticos, o que nesse lugar parecia impossível para Kevin. Eram altos e sem pelos, pálidos, com olhos que lembraram Kevin de uma vespa, exceto por serem de uma cor branca pura, leitosa. Usavam longas vestes por cima de pálidos macacões, e cada um parecia ter uma coleção de dispositivos de metal, e ocasionalmente de carne, ao longo do corpo.

O que estava no centro do trio falou. Suas palavras saíram em Inglês de um tradutor em seu braço, mas Kevin não precisava que traduzissem o tom chato e monótono. Seu cérebro fez isso por ele.

“Bem vindo, Kevin McKenzie. Esperávamos por você.”

CAPÍTULO DOIS

Kevin encarou o alien que tinha falado, tomado de horror.

O alien o encarou de volta com aqueles grandes olhos pálidos, e falou novamente enquanto os dois outros ao seu lado permaneceram em silêncio, as palavras se traduzindo na cabeça de Kevin antes que o tradutor o fizesse.

“Este aqui é Xan Mais Puro da Colmeia,” o alien disse. “Os dois ao lado deste aqui são Ix Mais Puro e Ull Mais Puro. E vocês são Chloe Baxter e Kevin McKenzie, os símios do planeta Terra.”

Kevin estava aturdido. Levaram vários segundos para se recuperar.

“Somos humanos,” Kevin disse, querendo corrigi-los, falar com eles, até persuadi-los. Afinal, estavam falando com ele de um modo que não tinham se dado ao trabalho de falar com mais ninguém.

“Como eu disse,” Xan Mais Puro retrucou, “símios. Criaturas inferiores, mas talvez criaturas de que valha a pena aprender alguma coisa.”

Não havia emoção no jeito que o alien disse isso, mas havia alguma coisa sobre o jeito em que falava sobre aprender deles que deu calafrios na espinha de Kevin.

“O que quer dizer?” Kevin exigiu. “O que vai fazer com a gente?”

“Nossas naves planeta viajam para reunir recursos,” Xan Mais Puro disse. “Tecnologia, minerais, mentes, corpos que possamos remodelar. Vamos testá-lo e estudá-los até que se provem inúteis. Então vamos descartá-los.”

Kevin viu o rosto de Chloe ficar pálido, e podia partilhar desse medo. A ideia de ser desmembrado para estudo e então descartado era aterrorizante.

“Não temos medo de vocês,” Chloe disse, lutando para colocar um tom de desafio na voz.

“Sim, vocês têm,” Xan Mais Puro disse. “Vocês são criaturas inferiores, com medos e necessidades, fraquezas e falhas. Não pertencem à Colmeia. Não são dos Mais Puros. Não temos tais fraquezas, apenas as melhorias dos nossos modeladores de carne.”

“Você acha que é perfeito?” Chloe exigiu. “Acha que com essa cara, você é perfeito?

“Ainda não,” Xan Mais Puro disse. “Mas seremos. Chega de falar com criaturas inferiores.”

O alien se virou para os outros que o acompanhavam, e Kevin sabia que a próxima coisa que ia dizer era agarre-os.

 

“Corre!” ele gritou para Chloe, e eles viraram para longe dos aliens, arrancando tão rápido quanto podiam para longe da praça. Kevin correu tanto o máximo que seu corpo permitiu, ignorando a dor e o esforço, ignorando o modo como sua doença tentava arrastá-lo a cada passo, e esperando que, se ele e Chloe pudessem ganhar chão o bastante, poderiam despistar Xan Mais Puro e os outros no caos da nave planeta.

“Aonde estamos indo?” Chloe perguntou.

“Não sei,” Kevin disse. Não tinha nenhum plano no momento, nenhuma ideia do que iriam fazer a seguir.

Ele continuou a correr, arriscando uma espiada rápida para ver se os aliens os estavam perseguindo. Eles só ficaram parados, aparentemente se concentrando. Um deles tocou alguma coisa em seu braço.

De repente, o mundo ficou mais pesado. Parecia que grandes pesos estavam pressionados em cima de Kevin, sólidos demais para levantar. Ele lutou para continuar de pé, e viu que Chloe estava fazendo a mesma coisa, empurrando como se pudesse levantar o céu acima de si. Mas não era o ar; parecia que os próprios ossos e músculos de Kevin estavam pesados demais, a gravidade o puxando pra baixo na direção do chão muito mais forte do que deveria ser.

“É o negócio que deixa eles andarem nas paredes,” Kevin disse, pensando no modo como os aliens podiam andar de lado e de cabeça pra baixo pelo interior da nave planeta. Se podiam controlar a gravidade bem o bastante para fazer uma coisa dessas, claro que fariam.

Chloe gritou, “Está me arrastando pra baixo. Estamos presos!”

Ela parecia prestes a entrar em pânico, assim como esteve na nave espacial.

A gravidade o colocou de joelhos, a pressão tornando difícil respirar. Ele caiu para frente, sentindo o peso do próprio corpo o prendendo no chão.

Um grito de frustração de Chloe o informou que a mesma coisa devia ter acontecido com ela. Kevin precisou de tudo que tinha só para conseguir virar de costas e olhar para onde ela estava, presa do mesmo modo.

“Não, me solta! Me solta!” ela gritou. Kevin podia vê-la chorando enquanto tentava se debater até estar livre da força que a prendia no lugar.

Então os três aliens estavam lá, e deviam ter enviado algum sinal para os outros, porque duas criaturas troncudas com carapaças feito armaduras saíram da espiral dourada, carregando o que pareciam ser duas grandes armações de metal. Eles as puseram perto de Kevin e Chloe, colocando-as de pé de modo que Kevin pode ver as folhas de vidro dentro delas, parecido com duas janelas que ficavam de pé sozinhas.

“A tentativa de fuga foi insensata,” Xan Mais Puro disse. O alien deu um sinal para as duas criaturas de armadura, e elas se inclinaram para agarrar Chloe do chão. Assim que a levantaram, ela começou a se debater e torcer, lutando para se livrar, mas eles a seguraram tão fácil quanto uma pena enquanto ela chorava.

“Para com isso,” Kevin disse. “Deixa ela em paz!”

Não pareceu fazer diferença nenhuma para eles. As criaturas eram tão implacáveis quanto máquinas, se movendo com o tipo de força que sugeria que podiam facilmente ter rasgado Chloe e Kevin em pedaços. Pegaram Chloe e a puseram contra uma das placas transparentes, e um dos Mais Puros pressionou alguma coisa no próprio braço de novo. Chloe grudou tão firmemente quanto se tivesse sido colada ali, ainda lutando, e ainda chorando quando nada aconteceu.

Vieram atrás de Kevin então, e grandes mãos se fecharam ao redor de seus braços, o levantando e pressionando contra o segundo painel de vidro sem lhe dar uma chance de lutar. Kevin os chutou, mas seu pé só quicou no couro blindado. Então o alien tocou em seu mecanismo, e Kevin grudou no vidro assim como Chloe.

Mas a sensação não era de estar colado a alguma coisa. Não era grudento. Era mais como estar deitado, exceto que não tinha chance nenhuma de se levantar por causa da gravidade o pressionando no lugar. Não era tão forte como no chão; era até bastante confortável se ele não tentasse lutar, mas Kevin não tinha como se livrar daquilo.

“Kevin,” Chloe disse, angustiada, presa na própria armação.

“Estou bem aqui, Chloe,” ele disse. Não tentou prometer que tudo ia ficar bem. Não era uma promessa que pudesse fazer agora. “Não vou a lugar nenhum.”

Mas parecia que eles iam para algum lugar, porque os aliens grandes e blindados levantaram as armações, carregando os dois como construtores colocando painéis de vidro em posição. Estranhamente, Kevin não teve a sensação de estar sendo levantando, porque para ele, pra baixo ainda parecia ser na direção da armação.

“Onde vocês estão nos levando?” Chloe exigiu. “Deixem a gente ir!”

“Tente ficar calma,” Kevin disse, torcendo para que nada do medo que sentia naquele momento aparecesse na sua voz. Ele estava com medo do que poderia acontecer com os dois, mas estava com muito mais medo por Chloe. Com o tanto que ela odiava ser presa, essa era a pior coisa possível que podia acontecer com eles.

Exceto que não era, e Kevin sabia disso. Ainda havia bastante coisas piores que podiam acontecer. Iriam acontecer, se eles não descobrissem como se livrar.

Os aliens os carregaram na direção de uma espiral dourada, através de uma larga porta que se abriu automaticamente para recebê-los. O interior era tudo que o resto da nave planeta não era: clara e brilhante e confortável, de modo que para Kevin tinha a aparência que um hotel luxuoso poderia ter, ou talvez um palácio. Também não havia a enorme variedade de ângulos e direções; ao contrário do resto da nave, todos pareciam ter concordado com qual lado era para cima.

Eles carregaram Kevin e Chloe até uma sala onde grandes máquinas em formato de domos se amontoavam, parecendo meio construídas, meio plantadas. Uma seção da parede tremulou com uma imagem da Terra abaixo, e Kevin não sabia se foi simplesmente para evitar que as paredes ficassem lisas, ou como um tipo adicional de crueldade.

Xan Mais Puro os seguiu para dentro da sala, se colocando entre eles, perto de um dos mecanismos em forma de domo. Ele retirou coisinhas pequenas, parecidas com lulas, de uma abertura no domo uma por uma, cada uma menor que a ponta dos dedos do alien. Xan Mais Puro as colocou na cabeça de Kevin, onde elas grudaram, quentes e gosmentas ao mesmo tempo.

“O que é isso?” Kevin exigiu. “O que vai fazer com a gente?”

“Vamos examiná-los,” Xan Mais Puro responeu. “Vamos determinar qual utilidade podem ter para a Colmeia. Será doloroso.”

Disse isso como se não fosse nada, ou pelo menos como se não se importasse. Kevin podia escutar Chloe chorando de novo agora, e queria dizer alguma coisa, queria confortá-la. Então a dor chegou, e não houve tempo para fazer mais nada a não ser gritar.

A sensação foi de dedos frios inspecionando seus pensamentos, erguendo coisas e as botando de volta no lugar, ou talvez fossem os tentáculos das coisas grudadas na cabeça de Kevin. Ele tentou empurrá-las para fora, concentrando-se tanto quanto pode, mas não fez diferença; só doeu mais.

Kevin podia sentir outras presenças agora, dúzias de mentes, centenas, conectadas em uma forma de comunicação silenciosa, sua presença coletiva pressionando-se sobre ele e explorando cada canto de seu ser. Ele se escutou gritar, e escutou Chloe gritar também, sugerindo que exatamente a mesma coisa estava acontecendo com ela.

Kevin viu imagens então, inundando sua consciência e piscando ali. Eram imagens de seus amigos, sua família, de tudo que aconteceu recentemente. Kevin viu imagens dos Sobreviventes pulando em sua mente, e tentou pensar sobre outra coisa, qualquer outra coisa, para que os aliens não soubessem onde eles estavam. Mas podia sentir sua falta de interesse; não fazia diferença para eles.

Ele começou a ver outras coisas, visões piscando dentre o resto, mas a verdade era que não podia dizer se eram mesmo visões ou alguma coisa fluindo de volta pela conexão à coletiva da Colmeia. As imagens preencheram sua mente, obscurecendo a dor, a sensação de estar preso no lugar, até o medo pelo que estava acontecendo com Chloe.

Ele viu um planeta flutuando no espaço, grande e fosco. Luas giravam ao seu redor, mas mesmo enquanto Kevin assistia, percebeu que não eram luas naturais, e sim mais naves planeta. Ele viu uma se mover para fora de órbita, o espaço ao seu redor se dobrando e torcendo conforme ela se movia impossivelmente rápido para um objeto daquele tamanho.

Sentiu sua consciência sendo puxada para baixo na direção da superfície do planeta, e conforme a alcançava, viu que a superfície estava explodida e arruinada, poluída e inóspita. Apesar disso, haviam cidades, cheias de figuras curvadas que pareciam similares aos Mais Puros, mas dobradas e mudadas, sua carne torcida para viver no ambiente arruinado. Kevin achou difícil acreditar que qualquer um iria querer viver num ambiente desse tipo, mas através de sua conexão com a Colmeia, sabia que essas figuras não tinham escolha. Eram aqueles não escolhidos para a nave planeta.

Ele viu outras coisas lá. Viu os campos de criaturas roubadas de mundo após mundo. Viu as fábricas de carne onde elas eram testadas e reformadas, torturadas de todos os modos, com eletricidade e fogo e muito mais. Viu criaturas dissecadas vivas, ou forçadas a se reproduzir umas com as outras em combinações que produziam monstros. Dentre a desolação do planeta destruído, também viu pequenos domos verdes, como ilhas de perfeição no horror do resto. Kevin não ficou surpreso de ver torres douradas no coração de cada uma.

Ele voltou a si mesmo, engasgando, sentindo como se cada restinho de energia tivesse sido arrancado de dentro dele. Ficou deitado na plataforma, olhando em volta e vendo apenas Chloe no quarto agora. As visões pareceram ter durado apenas segundos, mas deve ter sido mais tempo, para dar Xan Mais Puro tempo de sair da sala.

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