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Из серии: As Crónicas da Invasão #1
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Kevin olhou para as portas. Elas eram coisas sólidas, com uma fechadura que funcionava com cartão de segurança para o qual ele não tinha um cartão. Elas pareciam uma barreira impossível. Até o vidro ao lado delas era fortalecido.

“Eu não consigo sair” disse ele.

“Porque é que precisarias de sair de casa?” Phil respondeu, com uma expressão de choque fingido. “Eu só estou a falar hipoteticamente. Espero que entendas que se eu fizesse alguma coisa para te ajudar, Kevin, eu podia meter-me em sarilhos.”

“Eu... acho que entendo” disse Kevin, franzindo levemente a testa, porque não tinha muita certeza se entendia. A sério, porque é que as pessoas não diziam o que queriam dizer?

“Oh” disse Phil “acabei de me lembrar, eu deveria ajudar a arranjar um problema de segurança com as câmaras que estão à frente das portas.”

“Que problema de segurança?” Kevin perguntou franzindo a testa.

“Um que vai acontecer em cerca de dois minutos. Alguém vai decidir que seria uma boa ideia deixar um dos da Inteligência Artificial experimental jogar xadrez com eles. A propósito, podes fazer-me um favor, Kevin?”

Kevin olhou para ele. “O quê?”

Phil tirou o que se parecia muito com um cartão-chave. “O Professor Brewster deixou cair isto. Importas-te de lhe devolveres isto quando o vires? Tenho a certeza de que ele vai estar próximo para te exigir respostas em algum momento.”

Kevin agarrou nele. “Eu faço-o” disse ele. “E Phil... obrigado.”

“Pelo quê?” o investigador perguntou. “Eu não fiz nada. Na verdade, é bastante importante que te lembres dessa parte.”

“Eu vou lembrar-me” Kevin prometeu.

Quando Phil se afastou, Kevin obrigou-se a esperar, contando os segundos em voz baixa. Ele viu as luzes nas câmaras perto da porta escurecerem e rapidamente passou o cartão na porta.

Ele saiu do edifício, sentindo-se estranho ao ar livre pela primeira vez em dias. O ar na instalação era tão intocado, tão cuidadosamente filtrado, que parecia quase ar viciado ao pé disto. Também era estranho estar a andar assim, quando ele passara tanto tempo sentado ou deitado, a fazer nada para além de transmitir o conteúdo daquele fio de ouro de informação. Ele continuou a andar e depois correu, ouvindo um grito atrás de si. Ele olhou para trás e viu um segurança lá, sem saber o que fazer a seguir e a falar via rádio.

Kevin continuou a ir para a cerca, não tendo a certeza de quanto tempo mais teria.

O Professor Brewster estava agora algures atrás de si, gritando para ele voltar. Kevin sorriu. Isso apenas tornaria mais provável que as pessoas acreditassem no que ele ia fazer a seguir. Podia significar que as pessoas ouviam.

Ele correu até à cerca e parou, olhando para as pessoas que ali estavam, olhando para as câmaras. Algumas eram de estações de notícias locais. Pelo menos duas pareciam ser das nacionais. Perante tal, Kevin engoliu em seco nervoso. Ele não sabia o que dizer.

“Hum… olá, eu sou o Kevin. Vocês provavelmente já ouviram alguns dos rumores sobre o que está a acontecer aqui? Bem, eles são verdadeiros.”

CAPÍTULO NOVE

Kevin estava no gabinete do Professor Brewster, sentindo que o cientista iria adorar gritar com ele, se ao menos tivesse tempo suficiente. Ele certamente parecia zangado o suficiente para o fazer. Francamente, naquele momento, ele parecia estar com raiva suficiente para explodir. Ele não tinha tempo suficiente, porque estava ocupado demais atendendo telefonemas, tentando conversar com o Kevin e com a Dra. Levin no intervalos.

“Sim senhor. Sim, tenho a certeza que sim. Sim, é verdade que o rapaz parece... sim, sim, claro. Mas senhor, é o nosso projeto e... sim senhor, claro que estou ciente das implicações.” Ele desligou o telefone. “Era o diretor da NASA. Consegues entender o quão difícil, isto é, Kevin? O quão complicado isto está prestes a...”

Ele atendeu o telefone novamente quando este tocou.

“Estou? Quem? Não, lamento. Não. Não, não aceito que o rapaz seja levado para a custódia do FBI para sua própria segurança.”

Ele desligou o telefone.

“Isto é apenas o começo” disse ele. Ele olhou para Kevin. “Percebes, Kevin, que parte da razão pela qual eu queria manter isto em segredo era porque eu sabia como algumas pessoas reagiriam? Notícias de vida alienígena são muito importantes para este país, para o mundo. Eu queria proteger-te de todas as diferentes pessoas que gostariam de tentar controlar parte disso.”

Kevin olhava fixamente para o homem mais velho. Ele não achava que o Professor Brewster estivesse interessado em muito para além do sucesso do seu instituto. Era estranho pensar que ele pudesse estar a tentar olhar por ele. Os adultos, ele decidiu, eram demasiado complicados.

O telefone tocou novamente.

“A CIA? Mas nós estamos na América... sim, eu aceito que o espaço está além das fronteiras Americanas, mas…”

Enquanto eles estavam ocupados a discutir sobre isto, a Dra. Levin colocou a mão no seu ombro.

“E se te levarmos de volta para o teu quarto, Kevin?” ela sugeriu. “Tenho a certeza que eles vão estar a discutir ainda por algum tempo.”

Kevin assentiu e eles saíram. Ele não tinha a certeza se o Professor Brewster tinha notado, ele estava muito ocupado encaminhando chamadas. Por breves momentos, ele se perguntou o que aconteceria se ele simplesmente saísse da instalação novamente e continuasse a andar, não voltando. O cientista faria alguma coisa para o impedir? Ele conseguiria?

Um olhar pela janela sugeriu que tal não seria fácil. A multidão de repórteres já havia aumentado até parecerem uma horda deles querendo entrar, com a segurança no local insuficiente para os manter afastados. Aquela segurança parecia estar prestes a ser reforçada, porque os veículos militares estavam a circular, espalhando-se pelo perímetro da instalação, com homens armados a saltarem para fora.

“Tudo isto porque eu falei sobre alienígenas na televisão?” Kevin perguntou. Parecia muito, dado o número de pessoas que faziam isto.

“Tudo isto porque nós lhes provámos que havia alienígenas” a Dra. Levin corrigiu-o, e Kevin supôs que muito menos pessoas haviam feito isto. “Haverá muito mais.”

“Quantos mais?” Kevin perguntou. Ele não tinha a certeza se estava confortável com a ideia de estar cercado só porque dissera alguma coisa.

“Segue-me.” Ela levou-o até uma das salas de recreação. A televisão estava ligada, com cientistas a olharem para um dos canais de notícias.

“O rapaz, identificado como Kevin McKenzie de Walnut Creek, Califórnia, afirmou estar em contacto com uma fonte extraterrestre de informações e deu detalhes extensos sobre o sistema planetário Trappist 1, que muitos especialistas acreditavam ser...”

A Dra. Levin mudou o canal, e agora aparecia uma entrevista com um homem de olhos arregalados numa t-shirt suja por uma banda que Kevin não conhecia.

“É tudo mentira”, disse ele. “É uma distração. O governo quer que nós olhemos para isto, para que não olhemos para a verdade! É uma desculpa para que, quando começarem a drogar a água potável, tudo pareça normal!”

A Dra. Levin mudou o canal novamente. Agora, havia um pastor no ecrã a falar diante de uma grande congregação.

“Está claro que o que o rapaz está realmente a ouvir é a voz de Deus, preparando-nos para o Êxtase! Nós devemos ...”

Ela desligou a televisão, ignorando os protestos dos cientistas ao fazê-lo.

“Já chega” disse ela. “Vocês todos têm trabalho para fazer, e já é suficientemente complicado sem ouvir todas estas porcarias. Vocês sabem a verdade. Vocês já a viram. Voltem para o trabalho.”

Para surpresa de Kevin, eles fizeram-no, embora a Dra. Levin não fosse a chefe deles. Talvez eles estivessem apenas à procura de alguém que lhes dissesse o que fazer. Ele sabia que ele estava, naquele momento. Ele podia entender as mensagens dos alienígenas, mas ele não tinha a certeza se realmente entendia o que metade disso poderia significar.

“As coisas vão ficar complicadas” disse a Dra. Levin a Kevin. “Haverá pessoas a tentar agora deturpar o que tu dizes e a usar isso para os seus próprios fins.”

“Então o que é que eu faço?” Kevin perguntou.

Ela encolheu os ombros. “Continua simplesmente a dizer as coisas exatamente como as vês. Tu estás no centro de algo arrebatador, mas precisas de dizer a verdade, fazer o teu melhor com isso. É tudo o que qualquer um de nós pode esperar fazer agora.”

Kevin assentiu, mas duvidava que fosse assim tão fácil. Pelo menos uma das razões pelas quais não seria fácil era a mãe dele, e ela estava do outro lado da sala de recreação agora. Ele descobriu que estava com medo. O que ela diria? Ele sabia que ela tinha estado quase tão ansiosa para manter isto em segredo quanto o Professor Brewster, e ainda assim ele havia contado tudo às pessoas.

Ela correu para abraçá-lo. “Kevin, estás bem? Eu pensei que eles te levariam de volta para o teu quarto, e então eu fui ao gabinete do Professor Brewster e ele estava ao telefone com o Papa, e...”

“Eu estou bem, Mãe” assegurou Kevin. Naquele momento, ele teria dito aquilo, mesmo que não estivesse, apenas para tirar um pouco do olhar de preocupação do rosto da sua mãe.

“Há tantas pessoas lá fora agora” disse ela. “Kevin, estávamos apenas a tentar manter-te em segurança.”

Kevin abanou a cabeça. Era importante que as pessoas soubessem o que estava a acontecer. Não importava se ele estava em segurança. “Eu tinha que lhes dizer.”

“E agora eu acho que eles vão enlouquecer se ninguém lhes contar mais nada” disse a sua mãe.

 

A Dra. Levin inclinou a cabeça para um lado e depois olhou para a multidão que estava do outro lado do edifício. “A tua mãe tem razão, Kevin. Alguém precisa explicar tudo às pessoas.”

“O que é que está a pensar?” Kevin perguntou.

“Eu acho que precisamos de organizar uma conferência de imprensa.”

***

“Precisamos ter muito cuidado com isto” disse o Professor Brewster, enquanto ele, Kevin e a Dra. Levin entravam numa das salas de conferências do instituto. “Só estou a concordar com isto porque a alternativa é deixar as pessoas inventarem o que quiserem no lugar da verdade.”

Kevin supunha que ele também não gostava da ideia de as pessoas tentarem entrar no seu centro de pesquisa para saberem a verdade.

“Então, contamos a verdade” disse Kevin.

Para sua surpresa, ele viu o Professor Brewster abanar a cabeça. “Idealmente, Kevin, acho melhor dizeres o mínimo possível. Precisamos gerir as expectativas das pessoas sobre tudo isto e o que isto pode significar para elas.”

“Mas existem alienígenas” disse Kevin.

“E isto vai assustar muita gente” explicou o Professor Brewster. “Precisamos ter cuidado. Confia em mim, eu já estive envolvido em anunciar muitas descobertas científicas. É importante passar bem a mensagem com estas coisas para que as pessoas possam entender as possíveis implicações disto tudo.”

Ele foi à frente até uma pequena plataforma, onde alguns dos investigadores tinham montado uma pequena mesa. Kevin sentou-se no meio, flanqueado pelos dois adultos. À frente dele estava o que parecia ser um mar de pessoas, muitas delas com câmaras. Eles começaram a gritar perguntas assim que Kevin e os outros se sentaram.

“Professor Brewster, você encontrou mesmo evidências de vida alienígena?”

“Podemos esperar ser visitados por alienígenas no futuro próximo?”

“Isto tudo é algum tipo de piada?”

“Quem é o rapaz?”

Kevin fez o melhor que pôde para se limitar a ficar ali sentado, quando o Professor Brewster se inclinou para frente e começou a responder, parecendo ofensivo.

“Bem, essas são todas questões muito complexas” começou o diretor do instituto, e Kevin pôde ver como isto ia ser.

Aparentemente, também a Dra. Levin. “Sim” disse ela. “Existem alienígenas. Não, isto não é uma piada, e a maioria de vocês já conhece o Kevin. Pelo que vi nas notícias, metade de vocês já começou a vasculhar a sua vida. Na verdade, não adianta nada. Nós não estamos a tentar esconder nada. Para provar isto, vamos realizar conferências de imprensa regulares aqui, explicando o que descobrirmos.”

O Professor Brewster parecia como se tivesse engolido algo desagradável, mas as perguntas já estavam a voltar.

“Mas o rapaz, o Kevin, tem mesmo comunicações com uma civilização alienígena?” um repórter gritou. “Ele está a falar com eles?”

Quando a Dra. Levin olhou para ele, Kevin levantou-se, tentando não parecer tão nervoso quanto se sentia naquele momento.

“Eu não estou a falar com alienígenas” disse ele. “Eu tenho tido… algumas visões, eu acho… e eu consigo traduzir o sinal deles quando o ouço. É só isso.”

“Só isso?” um repórter perguntou, dando uma gargalhada “Parece muito. Será que vamos ouvir esses sinais?”

“Eu não tenho a certeza se alguém os iria entender” disse Kevin. Mas, e se alguém os entendesse? E se houvesse alguém lá fora como ele? Isso seria uma coisa boa ou má? Naquele momento, Kevin não sabia.

“Mas nós temos o Kevin para traduzir, não é?” outro repórter gritou. “O público não tem o direito de ouvir estas mensagens?”

“Têm” disse a Dra. Levin, e novamente, Kevin teve a impressão de que ela se tinha apressado a falar antes que o Professor Brewster pudesse dizer alguma coisa. “É por isto que vamos realizar conferências de imprensa regulares a partir de agora, onde Kevin tentará decifrar os sinais que registámos dessa região.”

O Professor Brewster levantou-se. Ele tinha um sorriso fixo na cara que parecia que poderia desmanchar-se a qualquer momento. “Ok, pessoal. Acho que não devemos cansar muito o Kevin. Já chega por um dia.”

***

Desta vez, o Professor Brewster teve tempo mais que suficiente para gritar.

“Emboscou-me, Elise!” o Professor Brewster disse. “Conferências de imprensa regulares?”

“Vá lá, David” disse a Dra. Levin. “Você sabe que é a coisa certa a fazer, e assim você consegue manter tudo em ordem, em vez de ter pessoas a tentarem entrar para obter informações. Você é um cientista. Você não acredita em esconder as coisas.”

“Eu também não acredito em ficarmos com o nosso financiamento cortado porque alguém no Congresso acha que estou a revelar algo que devemos segurar” disse o Professor Brewster, e Kevin podia ouvir alguma preocupação sob a raiva.

Kevin questionou-se em como deveria ser ter o trabalho do Professor Brewster. Presumivelmente, ele tinha querido ser um cientista quando tinha a idade de Kevin, tinha querido descobrir coisas. Agora, parecia que ele passava a maior parte do tempo a organizar coisas e a preocupar-se com dinheiro. Parecia o tipo de coisa que alguém tinha que fazer se fosse um gestor ou algo assim, não um cientista. Não era algo que Kevin gostasse de ter que fazer.

“Já as anunciámos agora” disse a Dra. Levin.

“Você anunciou-as” disse o Professor Brewster. “Ainda podemos...”

Ele foi interrompido por um telefonema, e algo na sua expressão ao atender dizia que este era diferente dos outros que recebera até agora sobre isto.

“Estou? Sim, é o próprio... desculpe, eu ouvi bem?... Sim, imediatamente. Ele parecia pálido quando desligou o telefone. “Precisamos ir para a entrada agora.”

“Porquê?” Kevin perguntou.

“Porque eles estão a dizer que o Presidente está aqui.”

Kevin poderia ter perguntado se ele estava a brincar, mas uma olhadela para o rosto do Professor Brewster tornou óbvio que ele não estava. O coração de Kevin ficou apertado no seu peito só de pensar nisso. O Presidente vinha ai para o ver? De alguma forma, até mesmo a presença dos alienígenas parecia mais possível do que isso. De repente, Kevin deu por si a questionar-se se tinha acabado de fazer o que era certo, ficando nervoso. Não parecia certo que ele se fosse encontrar com o Presidente.

Ele seguiu o Professor Brewster e a Dra. Levin até à entrada do instituto de investigação, tendo que se apressar para o conseguir acompanhar. Era óbvio que eles não queriam manter o Presidente à espera. Quando se aproximaram, Kevin olhou para fora das janelas do edifício, e viu um longo cortejo de automóveis com janelas escurecidas.

Quando eles chegaram à entrada, o Presidente já estava no edifício e não era o único. Agentes dos Serviços Secretos de fato escuro estavam espalhados como se esperassem uma ameaça a qualquer momento. Conselheiros e assistentes seguiam-no num amontoado, alguns deles parecendo um pouco surpreendidos por eles estarem ali. Kevin também viu outras pessoas, com distintivos a proclamarem que eles eram do exército, da NSA, do FBI e muito mais. Parecia que ninguém queria deixar de fazer parte disso.

O Presidente aproximou-se quando eles chegaram, agarrando na mão do Professor Brewster e depois voltando a sua atenção para Kevin. Kevin engoliu em seco nervosamente quando o homem mais velho olhou para ele.

“Então é este o rapaz?” O Presidente perguntou, olhando Kevin de cima a baixo como se esperasse muito mais.

“Sim, senhor” disse o Professor Brewster, soando positivamente deferente. “Este é o Kevin.”

“Kevin? Muito bem, Kevin, sabes quem eu sou?”

“É o presidente” disse Kevin. No seu interior, uma pequena voz repetia as palavras tu estás a falar com o Presidente várias vezes. Ele fez o melhor que conseguiu para ignorar isso, porque, se escutasse demasiado, ele suspeitava que talvez não conseguisse dizer nada.

“Muito bem rapaz. Agora, diz-me honestamente, consegues realmente falar com alienígenas?”

“Não senhor” disse Kevin.

“Eu sabia!” disse o Presidente. “Eu disse-lhe no comité de contingências de emergência que...”

“Eu não consigo falar com eles, mas recebo mensagens deles” prosseguiu Kevin. “Eles enviam informações sobre si mesmos e sobre o seu planeta, e eu consigo traduzi-lo.”

A expressão do Presidente mudou, como se ele não soubesse o que dizer sobre isso. O Kevin estava a habituar-se a essa expressão das pessoas agora.

“Bem, então” disse o Presidente, abanando um dedo. “Lembra-te que esta informação nos foi dada, na América. Era obviamente destinada a nós como a nação mais avançada na Terra.”

“Senhor” disse o Professor Brewster “o sinal atinge o mundo inteiro. Kevin é apenas aquele que é capaz de o traduzir. Também devias estar ciente de que concordamos em conferência de imprensa para que não possamos ser acusados ​​de ocultar a informação.”

Kevin ficou surpreendido por encontrar o homem a tentar partilhar as informações daquela maneira. A tomar o partido dele assim. Um conselheiro aproximou-se do Presidente e sussurrou algo no seu ouvido.

“Bem” disse o Presidente “talvez isso seja uma coisa boa. Outros países irão ver-nos a partilhar isso e saberão que não o teriam conseguido sem nós.”

“Sim, senhor” disse o Professor Brewster.

“Mas agora, eu gostaria de ver uma demonstração. Kevin, podes mostrar-me o que consegues fazer?”

Kevin olhou para os outros, que assentiram. “Nós só o conseguimos se houver um sinal” disse ele.

Mas precisamente quando o disse, ele sentiu a pressão no seu crânio que precedia um. Um alarme soou e eles correram na direção da sala onde ele fazia a tradução, sentando-se e esperando. Kevin sentou-se ali, enquanto lá fora, o Presidente e os seus assessores permaneciam por perto, parecendo não saber o que estava a acontecer.

As palavras filtraram-se na sua mente, com a tradução a acontecer automaticamente.

O nosso mundo foi destruído. As palavras soaram frias, sem emoção. Nós tivemos que fugir. Muito poucos sobreviveram.

Kevin repetiu as palavras e pôde ver a expressão do Presidente a mudar, primeiro para surpresa e depois para algo parecido com maravilhado.

Nós escondemos tudo o que éramos, disse a voz, e Kevin repetiu, tanto de nós próprios quanto conseguimos antes dos disparos chegarem. As mensagens foram enviadas, para que as pessoas soubessem de nós. Enviámos cápsulas em todas as direções, em direção a todos os mundos habitados.

Kevin tentou imaginá-lo, naves espaciais enviadas em todas as direções, tentando encontrar segurança. Quanto esforço teria sido necessário para organizar isso? Como é que eles teriam sido capazes de organizá-lo com um desastre a ameaçá-los?

Cada nave detém um registo da nossa história, a voz continuou.

As coordenadas serão enviadas ao longo deste percurso, a voz disse, mas a vedação hidráulica da nave será apertada para nos preservar. Vocês devem encontrá-la. Vocês devem preparar-se para nos receberem...

Kevin ofegava com o esforço de traduzir, com o mundo ao redor dele focando-se novamente quando ele parou. Ele pôde ver o presidente a olhar para ele agora, e, depois, a olhar para o Professor Brewster.

“O que é que tudo isto significa?” ele perguntou. “O que me estás a dizer?”

Kevin sabia responder a essa pergunta.

“Eu acho que...” Kevin disse. “Eu acho que os alienígenas estão a chegar.”

O Presidente olhou para ele. E os outros também. Então o caos começou, com uma dúzia de pessoas a tentarem falar ao mesmo tempo. O Presidente falou por cima delas.

“Já chega” ele disse, gesticulando para eles se acalmarem. “Eu conheço todas as vossas preocupações. Professor Brewster, há aqueles na minha equipa que acham que Kevin não está seguro nas suas instalações; que ele é vulnerável a ser roubado ou atacado pelos nossos inimigos. Eles querem levá-lo para um lugar seguro.”

“Você quer dizer que me quer esconder em algum tipo de bunker” disse Kevin. Ele abanou a cabeça. “Eu não quero fazer isso.”

“Às vezes não é sobre o que nós queremos, filho” disse o Presidente. “É sobre o que é bom para o país”.

“Com todo o respeito, senhor Presidente” disse o Professor Brewster. “Os desejos de Kevin sobre o assunto devem contar para algo. Ele não cometeu um crime, pelo que seria errado, até mesmo ilegal, trancá-lo. Esta é uma instalação segura, e se os outros aqui quiserem contribuir para essa segurança, isto seria muito útil. Mas eles devem fazer isso aqui, onde há o conhecimento tecnológico para estudar o que está a acontecer.”

 

Kevin ficou surpreendido ao encontrar o Professor Brewster a defendê-lo daquela forma, mesmo sabendo que era em parte porque ele não queria arriscar perder a oportunidade de fazer parte de tudo isso. Pareceu que o Presidente também ficou um pouco surpreendido ao ouvir aquilo.

“Esse é um ponto muito... forte, professor” disse ele. “Muito bem, o rapaz vai ficar aqui. Vamos fornecer às suas instalações tudo o que precisa, mas você vai-se coordenar com o meu gabinete. Eu preciso que você entenda a seriedade disto.”

“Sim senhor” disse o Professor Brewster. “Obrigado, senhor Presidente.”

Kevin não tinha a certeza do que o professor acabara de aceitar. Soava como se ele tivesse acabado de prescindir de muito do controlo do projeto.

“Eu preciso que tu também entendas a seriedade disto, Kevin” disse o Presidente. “Eu pensava antes de vir até aqui que isto era um absurdo e agora não tenho tanta certeza.”

“É verdade” insistiu Kevin.

“A verdade é que isso não importa” disse o Presidente. “Não agora. Temos relatos de que a Rússia e a China estão a mobilizar os seus militares, realizando “exercícios” em caso de algum tipo de ataque. Houve tumultos nas Filipinas, porque as pessoas acham que isto significa o fim do mundo. Precisamos ter muito cuidado com tudo isto, Kevin. Vou permitir que as coisas continuem por enquanto, mas haverá pessoas aqui para observar o que está a acontecer.”

Isso não importava para Kevin. O que importava era que eles continuassem. Os alienígenas estavam a enviar algo para a Terra, e, o que quer que fosse, Kevin estava determinado a encontrá-lo.

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