Antes Que Ele Precise

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Из серии: Um Enigma Mackenzie White #5
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Antes Que Ele Precise
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Blake Pierce

Blake Pierce é o autor da série de enigmas RILEY PAGE, com doze livros (com outros a caminho). Blake Pierce também é o autor da série de enigmas MACKENZIE WHITE, composta por oito livros (com outros a caminho); da série AVERY BLACK, composta por seis livros (com outros a caminho), da série KERI LOCKE, composta por cinco livros (com outros a caminho); da série de enigmas PRIMÓRDIOS DE RILEY PAIGE, composta de dois livros (com outros a caminho); e da série de enigmas KATE WISE, composta por dois livros (com outros a caminho).

Como um ávido leitor e fã de longa data do gênero de suspense, Blake adora ouvir seus leitores, por favor, fique à vontade para visitar o site www.blakepierceauthor.com para saber mais a seu respeito e também fazer contato.

Direitos Autorais © 2016 por Blake Pierce. Todos os direitos reservados. Exceto conforme o permitido sob as Leis Americanas de Direitos Autorais (EUA Copyright Act, de 1976), nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, ou armazenada em um sistema de banco de dados ou de recuperação, sem a prévia autorização do autor. Este ebook é licenciado apenas para seu prazer pessoal. Este ebook não pode ser revendido ou distribuído para outras pessoas. Se você gostaria de compartilhar este livro com outra pessoa, adquira uma cópia adicional para cada destinatário. Se você está lendo este livro e não o comprou, ou ele não foi comprado apenas para o seu uso, então, por favor, devolva o livro e compre a sua própria cópia. Obrigado por respeitar o trabalho duro deste autor. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, locais, eventos e incidentes são um produto da imaginação do autor ou são usados ficticiamente. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência. Jacket image lassedesignen Copyright, imagem usada sob licença da Shutterstock.com.

LIVROS DE BLAKE PIERCE
SÉRIE UM THRILLER PSICOLÓGICO DE CHLOE FINE
A PRÓXIMA PORTA (Livro #1)
A MENTIRA MORA AO LADO (Livro #2)
SÉRIE UM MISTÉRIO DE KATE WISE
SE ELA SOUBESSE (Livro #1)
SE ELA VISSE (Livro #2)
SÉRIE OS PRIMÓRDIOS DE RILEY PAIGE
ALVOS A ABATER (Livro #1)
À ESPERA (Livro #2)
A CORDA DO DIABO (Livro #3)
AMEAÇA NA ESTRADA (Livro #4)
SÉRIE UM MISTÉRIO DE RILEY PAIGE
SEM PISTAS (Livro #1)
ACORRENTADAS (Livro #2)
ARREBATADAS (Livro #3)
ATRAÍDAS (Livro #4)
PERSEGUIDA (Livro #5)
A CARÍCIA DA MORTE (Livro #6)
COBIÇADAS (Livro #7)
ESQUECIDAS (Livro #8)
ABATIDOS (Livro #9)
PERDIDAS (Livro #10)
ENTERRADOS (Livro #11)
DESPEDAÇADAS (Livro #12)
SEM SAÍDA (Livro #13)
SÉRIE UM ENIGMA DE MACKENZIE WHITE
ANTES QUE ELE MATE (Livro #1)
ANTES QUE ELE VEJA (Livro #2)
ANTES QUE ELE COBICE (Livro #3)
ANTES QUE ELE LEVE (Livro #4)
ANTES QUE ELE PRECISE (Livro #5)
ANTES QUE ELE SINTA (Livro #6)
ANTES QUE ELE PEQUE (Livro #7)
ANTES QUE ELE CACE (Livro #8)
SÉRIE UM MISTÉRIO DE AVERY BLACK
RAZÃO PARA MATAR (Livro #1)
RAZÃO PARA CORRER (Livro #2)
RAZÃO PARA SE ESCONDER (Livro #3)
RAZÃO PARA TEMER (Livro #4)
SÉRIE UM MISTÉRIO DE KERI LOCKE
RASTRO DE MORTE (Livro #1)
RASTRO DE UM ASSASSINO (Livro #2)

PREFÁCIO

Joey Nestler sabia que ele seria um bom policial um dia. Seu pai tinha sido policial e também o seu avô. O avô de Joey, na verdade, levou um tiro no peito em 1968, causando a sua aposentadoria antecipada. Ser um policial estava no sangue de Joey e mesmo tendo apenas 28 anos de idade e recebendo atribuições insignificantes, ele sabia que um dia chegaria ao topo.

Hoje não foi o dia, no entanto. Tinham-lhe atribuído outra tarefa estúpida. Joey sabia que ele tinha pelo menos mais seis meses de atribuições estúpidas como essas. Estava tudo bem para ele. Viajar pelo litoral de Miami em um carro da polícia durante o final da primavera era um bom negócio. As moças estavam ansiosas para usar seus shorts curtos e biquínis já que o clima ficou mais agradável, e tais coisas eram mais fáceis de prestar atenção e apreciar quando ele era incumbido de tarefas secundárias.

Ele pretendia voltar a inspecionar as ruas em busca dessas belezas quando percebeu que havia recebido a sua mais recente tarefa. Ele estacionou na frente das casas chiques, cada novo conjunto de casas era cercado por um conjunto pretensiosamente bem conservado de palmeiras. Ele saiu do carro de patrulha sem nenhuma pressa, tinha quase certeza de que ele estava prestes a entrar em um simples caso de conflito doméstico. Mesmo assim, ele teve que admitir que os detalhes da tarefa despertaram a sua curiosidade.

Uma mulher ligou para a delegacia naquela manhã, alegando que sua irmã não estava atendendo telefonemas ou e-mails. Normalmente, isso não desperta muito interesse, mas quando eles acharam o endereço da irmã, a casa estava logo ao lado de uma moradia que foi denunciada com uma queixa de barulho na noite anterior. Aparentemente, um cão tinha latido furiosamente toda a noite. Telefonemas e batidas na porta para que os proprietários calassem a boca não foram respondidos. E quando a polícia ligou para a mulher de novo para perguntar sobre sua irmã, foi confirmado que sua irmã, de fato, tinha um cão.

E agora aqui estou eu, Joey pensou enquanto subia as escadas para a porta da frente.

Ele já tinha parado na porta do escritório do proprietário para pegar uma chave, e isso por si só tornou a tarefa um pouco mais interessante do que suas atribuições típicas. Ainda assim, ele sentiu-se subutilizado e um pouco bobo quando bateu na porta. Dado tudo o que sabia sobre o caso, ele nem sequer esperava uma resposta.

Ele bateu de novo e de novo, o cabelo suando sob o seu boné ao sol.

Depois de dois minutos, ainda sem resposta. Ele não se surpreendeu.

Joey tirou a chave e abriu a porta. Ele abriu-a um pouco e gritou lá dentro.

–Olá? Sou o Oficial Nestler do DP de Miami. Estou entrando na casa e–

O latido de um cão pequeno o interrompeu, ele veio correndo na direção dele. Era um terrier Jack Russell e mesmo fazendo o seu melhor para intimidar o homem estranho na porta, ele também parecia um pouco assustado. Suas pernas traseiras estavam tremendo.

—Ei, amigo, Joey disse quando entrou. Onde estão a sua mamãe e o seu papai?

O cãozinho choramingou. Joey deu um passo ainda mais para dentro da casa. Ele deu dois passos no pequeno hall de entrada, indo para a sala de estar, quando sentiu o fedor horrível. Ele olhou para o cão e franziu a testa.

—Ninguém tem deixado você sair, não é?

O cão mexeu sua cabeça, deixando-a pendurada, como se tivesse compreendido perfeitamente a pergunta e tivesse vergonha do que tinha feito.

Joey entrou na sala de estar, ainda gritando e chamando para ver se havia alguém.

—Olá? Estou procurando o Sr. ou a Sra. Kurtz. Novamente, sou o Oficial Nestler do DP de Miami.

Mas ele não obteve resposta, e tinha certeza que não obteria. Ele passou através da sala de estar, encontrando-a impecável. Ele então entrou na cozinha adjacente e colocou a mão no rosto para cobrir a boca e o nariz. A cozinha era onde o cão decidiu usar como banheiro; havia poças de urina por todo o chão e duas pilhas de fezes na frente da geladeira.

Vasilhas vazias, sem comida e água estavam do outro lado da cozinha. Sentindo-se mal pelo cão, Nestler encheu a tigela de água da pia da cozinha. O cão começou a bebê-la avidamente quando Nestler saiu da cozinha. Ele então foi para o lance de escadas logo do lado de fora da sala e continuou.

Quando ele veio para o corredor no topo, Joey Nestler sentiu o que seu pai chamava de instinto de um policial pela primeira vez em sua carreira. Ele soube imediatamente que algo estava errado ali. Ele sabia que encontraria algo ruim, algo que ele não esperava.

Ele sacou a arma, sentindo-se um pouco bobo enquanto caminhava pelo corredor. Ele passou por um banheiro (onde encontrou outra poça de urina do cão) e um pequeno escritório. O escritório era meio bagunçado, mas não havia sinais de perigo ou alertas.

No fim do corredor, uma terceira e última porta aberta, revelando o quarto principal.

Nestler parou na porta, o seu sangue esfriou.

Ele olhou durante um total de cinco segundos antes de pisar lá dentro.

Um homem e uma mulher—presumivelmente Sr. e Sra. Kurtz—deitados mortos na cama. Ele sabia que eles não estavam dormindo devido à quantidade de sangue no lençóis, paredes e tapetes.

Joey deu dois passos para dentro, mas parou. Isso não era para ele. Ele precisava pedir apoio em antes de ir mais longe. Além disso, ele podia ver tudo o que precisava de onde estava. O Sr. Kurtz tinha sido esfaqueado no peito. A Sra. Kurtz tinha a garganta cortada de orelha a orelha.

 

Joey nunca tinha visto tanto sangue em sua vida. Era quase vertiginosa a cena.

Ele saiu do quarto, sem pensar em seu pai ou avô, sem pensar no grande policial que um dia ele queria ser.

Ele emocionalmente desabou lá fora, chegou ao final das escadas, e lutou contra uma onda intensa de náuseas. Enquanto ele se atrapalhava com o microfone de ombro em seu uniforme, ele viu o Jack Russell que vinha correndo para fora da moradia, mas não se importou.

Ele e o cãozinho ficaram na frente da casa quando Nestler ligou para pedir apoio, o cão latindo para o céu como se de alguma forma pudesse mudar os horrores que tinham acontecido lá dentro.

CAPÍTULO UM

Mackenzie White sentou-se em sua cabine e habitualmente correu seu dedo indicador ao longo das bordas de um cartão de visita. Era um cartão de visita no qual ela fixou sua atenção há vários meses, um cartão que estava de alguma forma ligado ao seu passado. Ou, mais especificamente, ao assassinato de seu pai.

Ela voltava para ele sempre que encerrava um caso, perguntando-se quando se permitiria ter algum tempo fora do expediente de trabalho como uma Agente para que pudesse voltar a Nebraska e ver a cena de morte de seu pai com olhos revigorados, um olhar sem ser regulado por uma mentalidade de Agente do FBI.

O trabalho estava fazendo ela se sentir desgastada ultimamente e com cada caso encerrado por ela, a atração pelo mistério que envolve o seu pai ficou mais forte. Estava ficando tão forte que estava sentindo menos o sentimento de realização, quando encerrava um caso. O mais recente tinha sido pegar dois homens que planejavam levar cocaína para uma escola de Baltimore. O trabalho durou três dias e tudo ocorreu de forma tão fácil que nem parecia trabalho.

Teve mais do que uma partilha justa de casos notáveis desde que chegou à Quantico e foi empurrada através de um turbilhão de ações, negociações de bastidores, e escapadas por um triz. Ela tinha perdido um parceiro, conseguiu irritar praticamente todos os supervisores que ela já teve, e fez seu nome na corporação.

A única coisa que não tinha era um amigo. Havia o Ellington, com certeza, mas havia algum tipo de química contaminante entre ele, o que tornava uma amizade algo difícil. E ela tinha oficialmente dado em cima dele, de qualquer maneira. Ele a rejeitou duas vezes até agora—por diferentes razões—e não seria feita de boba de novo. Estava bem por sua relação de trabalho ser a única coisa que os mantinha juntos.

Ao longo das últimas semanas, ela também chegou a conhecer o seu novo parceiro—um novato desajeitado, mas ansioso de nome Lee Harrison. Ele recebeu uma variedade de papéis, ocupações, e pesquisas, mas estava fazendo um trabalho esplêndido. Sabia que o Diretor McGrath estava apenas vendo como ele lidaria com a situação sendo inundado com tanta coisa para ser feita. E até agora, Harrison estava ganhando de todos.

Ela pensou vagamente em Harrison ao olhar para o cartão de visita. Ela pediu-lhe em algumas ocasiões para pesquisar todos os negócios chamados Barker Antiguidades. E ele tinha encontrado mais resultados do que qualquer outra pessoa nos últimos meses, mas tudo ainda levava para um beco sem saída.

Enquanto pensava sobre isso, ela ouviu passos suaves se aproximando de sua cabine. Mackenzie deslizou o cartão de visita sob uma pilha de papéis ao lado de seu laptop e depois fingiu que estava verificando seu e-mail.

–Ei, White, disse uma voz masculina familiar.

O cara é tão bom que pode praticamente me ouvir pensar sobre ele, pensou. Ela girou em sua cadeira e olhou para Lee Harrison observando sua cabine.

–Nada de White, disse ela. Apenas Mackenzie. Mac, se você for realmente corajoso.

Ele sorriu sem jeito. Ficou claro que Harrison ainda não tinha descoberto a forma adequada de falar com ela, ou ainda, como até mesmo agir ao seu redor. E para estava tudo bem. Às vezes, ela se perguntava se McGrath o havia designado como seu parceiro ocasional apenas para acostumá-lo a nunca ter certeza de onde e com quem trabalharia. Se for isso, ela pensou, é uma jogada genial.

—Ok, então… Mackenzie, disse ele. Eu só queria que você soubesse que acabei de terminar o processo dos traficantes desta manhã. Eles querem saber se você precisa de mais alguma informação deles.

–Não. Tudo ok, disse ela.

Harrison assentiu, mas antes de sair, ele fez uma carranca que estava começando a pensar que era uma característica dele. Posso te perguntar uma coisa? Perguntou ele.

–Claro.

—Você está… bem, você está se sentindo bem? Você me parece muito cansada. Seu rosto parece, talvez, um pouco avermelhado.

Ela facilmente poderia ter rido dele por causa de tal comentário e assim fazê-lo se sentir anormal, mas ela decidiu não fazer isso. Ele era um bom Agente e não queria ser o tipo de Agente (pois ela mesma era novata) que tirava onda com o novato. Então, em vez disso, ela disse: —Sim, eu estou bem. Apenas não tenho dormido o suficiente ultimamente.

Harrison concordou. Eu entendo, disse ele. Bem… boa sorte com o repouso. Ele então fez a tal careta, sua marca, e saiu. Ele provavelmente foi enfrentar alguma trabalheira que McGrath tinha passado para ele, em seguida.

Distraída com o cartão de visita e os inúmeros mistérios não resolvidos que ele apresentava, Mackenzie se permitiu deixar isso para trás. Ela focou em seus e-mails e arquivou alguns dos papéis acumulados em sua mesa. Não tinha muita chance de experimentar esses momentos menos fascinantes e era grata por isso.

Quando o telefone tocou no meio de tudo isso, ela o agarrou ansiosamente. Faço qualquer coisa para sair desta mesa.

–Mackenzie White falando, ela respondeu.

–White, é McGrath.

Ela permitiu que o mais breve dos sorrisos cruzasse o seu rosto. Enquanto McGrath estava longe de ser a sua pessoa favorita, Mackenzie sabia que sempre que ele ligava ou até mesmo ia até a sua cabine, era geralmente para lhe dar algum tipo de atribuição.

Parece que era por isso que ele estava ligando. Mackenzie nem sequer teve tempo de dizer olá antes que ele começasse a falar de novo, na sua habitual forma de se comunicar rapidamente.

—Eu preciso de você no meu escritório imediatamente, disse ele. E traga o Harrison com você.

Mais uma vez, não foi dada à Mackenzie a chance de responder. A linha caiu antes de uma única palavra saltar de sua língua.

Mas tudo bem para ela. Aparentemente, McGrath tinha um caso novo para ela. Talvez isso fosse aguçar a sua mente e dar-lhe um último momento de clareza antes que ela possivelmente se afastasse por um tempo para se concentrar em questões sobre o caso antigo de seu pai.

Com uma espécie borbulhante de excitação empurrando-a, ela levantou-se e saiu em busca de Lee Harrison.

***

Observar a maneira como Harrison se comportava no escritório de McGrath foi uma ótima maneira para Mackenzie alicerçar a si mesma. Ela o viu sentado rigidamente na borda de seu assento quando McGrath começou a falar com eles. O mais jovem Agente estava claramente nervoso e ansioso para agradar. Mackenzie sabia que ele era um perfeccionista e que ele tinha algo muito próximo de uma memória fotográfica. Ela se perguntou que tipo de memória ele tinha—se ele estava, talvez, absorvendo cada palavra que saía da boca de McGrath como uma esponja.

Ele me faz lembrar um pouco de mim mesma, ela pensou enquanto também se concentrava em McGrath.

–Aqui está o que eu tenho para vocês dois, disse McGrath. Ontem de manhã, a Polícia do Estado de Miami ligou e nos deu o relato de uma série de assassinatos. Ambos os casos, foram assassinatos de casais. Então, são quatro corpos. Os assassinatos têm sido bastante brutais e sangrentos e, até agora, não parece haver nenhuma ligação óbvia. O estilo brutal dos assassinatos, bem como o fato de que eles eram casais casados, mortos na cama, está fazendo o DP do Estado achar que é um serial killer agindo. Eu, pessoalmente, acho que é muito cedo para fazer tal afirmação.

—Você acha que poderia ser apenas uma coincidência? Perguntou Mackenzie.

—Eu acho que é uma possibilidade, sim, disse ele. De qualquer forma, eles pediram nossa ajuda e eu quero enviar vocês. Harrison, esta será uma grande oportunidade para você entrar em ação e sentir a coisa. White, espero que você o supervisione, mas não mande nele como se fosse a chefe. Entendeu?

—Sim, senhor, disse Mackenzie.

–Eu enviarei os detalhes e arranjos do voo dentro de uma hora. Eu não vejo isso tomando mais do que um dia ou dois. Alguma pergunta?

Mackenzie sacudiu a cabeça. Harrison deu um rápido —Não senhor, e Mackenzie poderia dizer que ele estava dando o seu melhor para conter sua excitação.

Não podia criticá-lo. Ela sentiu isso também.

Apesar do que pensava McGrath, ela já havia sentido que este caso seria bem fora da sua rotina.

Casais.

Esta foi a primeira vez para ela.

E não podia resistir, sentiu que este pequeno caso de —rotina— ficaria muito pior.

CAPÍTULO DOIS

Enquanto Mackenzie estava bem ciente de o estereótipo do governo era de que tudo se movia lentamente, ela também sabia que isso não era geralmente o caso do FBI com os seus Agentes em cena. Apenas 14 horas depois de ser chamada para o escritório de McGrath, Mackenzie estava puxando um carro alugado para uma vaga de estacionamento em frente a uma fileira de casas de condomínio. Ela foi para o lado de um carro da polícia e notou uma Oficial sentada lá dentro.

A seu lado, no banco do passageiro, Harrison estava revendo as informações sobre o caso. Ele estava tranquilo durante a maior parte da viagem e Mackenzie quase começou a puxar conversa. Não sabia dizer se ele estava nervoso, intimidado, ou um pouco de ambos. Mas ao invés de forçá-lo a começar a falar com ela, ela pensou que poderia ser melhor para o desenvolvimento dele sair de sua concha por conta própria—especialmente se McGrath planejava colocá-los para trabalhar juntos, como parceiros, em um futuro previsível.

Mackenzie levou um momento para processar tudo o que sabia sobre o caso. Ela reclinou a cabeça ligeiramente para trás, fechou os olhos e puxou todas as informações à tona. Sua tendência de ficar obcecado com os detalhes de arquivos de casos tornou bastante fácil para ela simplesmente se aprofundar em sua própria mente e vasculhar através delas como se houvesse um armário mental no seu crânio.

Um casal morto, isso traz algumas perguntas para a superfície imediatamente. Por que dois? Por que não apenas um?

Tenho que me manter atenta para que qualquer coisa que possa parecer, mesmo que remotamente, fora do lugar. Se o ciúme é a causa destas mortes, é provável que alguém tenha inveja de suas vidas de alguma forma.

Sem arrombamento; a família Kurtz voluntariamente deixou o assassino entrar.

Abriu os olhos e, em seguida, abriu a porta. Ela poderia especular tudo o que quisesse com base no que tinha visto nos arquivos. Mas nada disso seria tão eficaz como pisar na cena do crime e dar uma olhada ao redor.

Harrison saiu do carro ao lado dela sob o brilhante sol de Miami. Ela podia sentir o cheiro do mar no ar, salgado e com os mais suaves vestígios de um cheiro de peixe, que não era necessariamente desagradável.

Quando e Harrison fecharam suas portas, a Oficial no carro da polícia ao lado deles também saiu. Esta, Mackenzie supôs, era a Oficial que tinha sido encarregada de encontrá-los. Quarenta anos ou algo assim, era bem bonita de um jeito simples, seu cabelo loiro sujo e curto estava sendo banhado pelo brilho do sol.

—Agentes White e Harrison? Perguntou a Oficial.

–Somos nós, disse Mackenzie.

A mulher estendeu a mão dela enquanto se apresentou. Eu sou a Oficial Dagney, disse ela. Qualquer coisa que você precisar, é só me avisar. O lugar, é claro, foi limpo, mas eu tenho um arquivo inteiro preenchido com fotografias tiradas quando a cena estava fresca.

—Obrigada, disse Mackenzie. Para começar, eu acho que gostaria de dar uma olhada lá dentro, em primeiro lugar.

–É claro, disse Dagney, subindo as escadas e retirando uma chave do bolso. Abriu a porta e fez um gesto para Mackenzie e Harrison entrarem na frente dela.

Mackenzie sentiu imediatamente o cheiro de alvejante ou algum outro tipo de produto de limpeza. Ela lembrou do relatório afirmando que um cão tinha sido preso dentro da casa por pelo menos dois dias e tinha usado um cômodo como banheiro várias vezes.

—Água sanitária, disse Harrison. Usaram para limpar a bagunça do cão?

 

–Sim, disse Dagney. Isso foi feito ontem à noite. Nós tentamos deixar a cena como estava até vocês chegarem, mas o fedor era—era ruim.

—Tudo bem, disse Mackenzie. O quarto está lá em cima, correto?

Dagney concordou e levou-os até as escadas. A única coisa que foi modificada aqui é que os corpos e o lençol foram removidos, explicou ela. O lençol ainda está lá, no chão e colocado sobre uma folha de plástico. Ele teve que ser tirado para que os corpos fossem tirados da cama. O sangue… bem, vocês verão.

Mackenzie notou que Harrison diminuiu a intensidade de sua abordagem um pouco, ficando em segurança atrás dela. Mackenzie seguiu Dagney para a porta do quarto, notando que ela ficou na porta e fez de tudo para não olhar lá para dentro.

Uma vez dentro do quarto, Mackenzie viu que Dagney não havia exagerado, nem os relatórios. Havia muito sangue—muito mais do que ela já tinha visto em qualquer lugar.

E por um momento horrível, estava de pé em um quarto em Nebraska—um quarto em uma casa que sabia que estava abandonada agora. Estava olhando para uma cama encharcada de sangue que continha o corpo de seu pai.

Ela jogou a imagem para longe, ao som dos passos de Harrison se aproximando lentamente atrás dela.

–Você está bem? Perguntou ela.

–Sim, disse ele, embora sua voz soasse um pouco ofegante.

Mackenzie observou que a maior parte do sangue estava na cama, como era esperado. O lençol que tinha sido removido do leito e esticado no chão era off-white no passado. Mas agora a maior parte estava coberta de sangue seco, tornando-se uma sombra enferrujada de tom marrom. Ela lentamente se aproximou da cama, quase certa de que não haveria provas. Mesmo que o assassino tivesse acidentalmente deixado para trás um fio de cabelo ou qualquer coisa com DNA, isto estaria enterrado em todo aquele sangue.

Olhou para as manchas na parede e carpete. Olhou para o tapete, em particular, procurando para ver se qualquer um dos respingos de sangue tinha marcas de sola de sapato.

Pode haver algum tipo de pegada, pensou. Para matar alguém de tal forma— para ter tanto sangue na cena do crime, o assassino teria que se sujar de sangue também. Então, mesmo se não houver pegadas, talvez haja sangue em algum lugar dentro da casa, sangue que ele poderia ter acidentalmente cair ao sair da casa.

Além disso, como o assassino conseguiu pegar ambos, ainda na cama? Matando um, o outro provavelmente teria acordado. Ou o assassino é muito rápido ou ele montou a cena com os corpos na cama após cometer os assassinatos.

—Que bagunça, hein? Disse Harrison.

–É, disse Mackenzie. Diga-me… você vê de imediato algo que consideraria uma indicação, uma pista, ou qualquer coisa para se analisar com profundidade?

Ele balançou a cabeça, olhando para a cama. Ela concordou, sabendo que todo aquele sangue tornaria muito difícil encontrar qualquer evidência. Ela até ficou com suas mãos e joelhos no chão, olhou debaixo da cama para ver se havia alguma coisa lá embaixo. Não viu nada além de um par de chinelos e um velho álbum de fotos. Ela deslizou o álbum e o folheou. As primeiras páginas mostravam um casamento, da noiva andando pelo corredor de uma grande igreja até o casal cortando feliz o seu bolo.

Com uma careta, ela deslizou de volta o álbum para onde ele estava. Ela então se virou para Dagney, ainda de pé na porta do quarto e de costas. Você disse que tem arquivos com fotos, certo?

–Tenho. Um segundo e eu trarei tudo. Ela respondeu rapidamente e com um pouco de urgência, claramente ansiosa para voltar lá em baixo.

Quando Dagney se foi, Harrison voltou para o corredor. Ele olhou de volta para o quarto e suspirou profundamente. Você já viu uma cena de crime como esta?

—Não com tanto sangue, ela respondeu. Eu vi algumas terríveis, mas esta está no topo da lista por quantidade de sangue.

Harrison parecia pensar muito sobre isso enquanto Mackenzie saiu do quarto. Eles se dirigiram de volta para baixo juntos, entrando na sala de estar, assim que Dagney voltou pela porta da frente.

Eles se encontraram no barzinho que separava a cozinha da sala de estar. Dagney colocou a pasta no bar e Mackenzie a abriu. Imediatamente, a primeira imagem mostrava a mesma cama do andar de cima, coberta de sangue. Na foto, havia dois corpos, um homem e uma mulher. O casal Kurtz.

Ambos estavam vestidos, segundo o que Mackenzie pensou, com o que usavam para dormir. O Sr. Kurtz (Josh, de acordo com os relatórios) estava usando uma camiseta e uma boxer. A Sra. Kurtz (Julie) usava um top listrado e um short de ginástica. Havia uma variedade de fotografias, algumas tiradas de tão perto dos corpos que Mackenzie percebeu que estava se encolhendo, algumas vezes, ao vê-las. A foto do pescoço cortado da Sra. Kurtz era particularmente horrível.

—Eu não vi nos relatórios nenhuma identificação sobre a arma usada, disse Mackenzie.

–Isso porque ninguém pensou a respeito. Todos pensaram em uma faca.

Uma grande faca, pelo que parece, Mackenzie pensou ao desviar os olhos do corpo da Sra. Kurtz.

Viu que, aparentemente, mesmo na morte, a Sra. Kurtz tinha estendeu a mão para o conforto do seu marido. Sua mão direita estava envolvendo, quase preguiçosamente, a coxa de seu marido. Havia algo muito doce nisso, mas isso também partiu seu coração.

—E o primeiro casal que foi morto? Perguntou Mackenzie.

–Os Sterlings, disse Dagney, puxando várias fotos e folhas de papel da parte de trás da pasta.

Mackenzie olhou para as imagens e viu uma cena semelhante a que tinha visto nas fotos anteriores, também no andar de cima. Um casal, deitado na cama, sangue por toda parte. A única diferença era que o marido, nas fotos dos Sterling, tinha dormindo nu ou teve suas roupas tiradas pelo assassino.

Essas cenas são muito semelhantes, pensou Mackenzie. É quase como se tivessem sido montadas. Olhou as semelhanças, olhando para trás e para frente entre os Kurtz e as fotos dos Sterling.

A coragem e força de vontade para matar duas pessoas ao mesmo tempo—e de uma forma tão brutal. Esse cara é incrivelmente determinado. Muito motivado. E, aparentemente, não se opõe à violência extrema.

—Corrija-me se eu estiver errada, disse Mackenzie, —mas o DP de Miami está trabalhando sob a suposição de que estas foram invasões rotineiras de moradia, correto?

—Bem, estávamos pensando isso, primeiramente, disse Dagney. Mas pelo que podemos dizer, não há sinais de saques ou roubos. E este é o segundo casal a ser morto desde semana passada, parece cada vez menos provável que sejam simples invasões de casas.

—Eu concordo com isso, disse ela. E as ligações entre os dois casais? Perguntou Mackenzie.

–Até agora nada surgiu, mas nós temos uma equipe trabalhando nisso.

–E com os Sterlings, houve quaisquer sinais de luta?

–Não. Nada.

Mackenzie novamente voltou a olhar as fotos e duas semelhanças saltaram aos seus olhos ao mesmo tempo. Uma delas, em particular, fez sua pele arrepiar.

Mackenzie olhou para as fotos dos Kurtz. Viu a mão morta da mulher descansando sobre a coxa de seu marido.

E ela soube então: este foi realmente o trabalho de um assassino em série.

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